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A CIÊNCIA DA FELICIDADE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA

STURION, Leandro Amaral ¹; ARRUDA, Angela Maria Pelizer de ²; GARCIA, Marcos Roberto ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A busca por um aumento da saúde emocional e do bem-estar tem sido foco constante na pesquisa, e a Psicologia Positiva emerge como uma ferramenta importante para promover o florescimento humano, sendo considerada uma ciência da Felicidade. É sabido que a vida universitária, em especial do curso de medicina, é marcada por significativos desafios e alterações emocionais que podem se manifestar como situações adversas, e até como patologias. OBJETIVOS: Mapear e compreender como o conhecimento e a prática das teorias da disciplina Felicidade da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – Campus Londrina contribuíram e podem contribuir para o enfrentamento dessas situações experienciadas pelos acadêmicos. Os objetivos específicos incluíram a caracterização do perfil sociodemográfico e cultural dos estudantes, a identificação de transtornos e dificuldades comuns, e a análise da relação entre a disciplina e o enfrentamento de adversidades, com o intuito de subsidiar futuras intervenções personalizadas. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo, que originalmente seria longitudinal, foi redirecionado para uma investigação pontual (transversal) devido a mudanças externas ao projeto e a interrupções no cronograma. Uma versão piloto do instrumento foi aplicada aos alunos do curso de psicologia para auxiliar no desenvolvimento da versão final, que foi aplicada aos alunos do curso de medicina da instituição. O instrumento foi composto por questionários validados como Teste da Orientação da Vida (LOT-R), Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Satisfação de Vida, Escala de Afetos Positivos e Afetos Negativos (PANAS) e Escala de Autoeficácia, com análise estatística realizada via programa JASP. RESULTADOS: Foram coletados dados de 104 participantes, cuja maioria é de mulheres, solteiros, que moram com a família nuclear. Mais de 41% dos participantes relataram diagnósticos clínicos mentais (incluindo ansiedade, depressão, TDAH), em contraste com pouco mais de 13% de diagnósticos físicos. Mais de 50% da amostra usa medicação contínua, destes, mais de 26% não possui nenhum diagnóstico confirmado. Problemas de saúde mental foram fortemente associados a uma diminuição do bem-estar geral, da autoestima, do otimismo e da autoeficácia, e a um aumento acentuado do afeto negativo. A disciplina Felicidade foi cursada por quase 52% dos participantes, contudo, este trabalho não evidenciou uma correlação forte e clara entre ter cursado a disciplina e os indicadores de bem-estar; talvez pela natureza transversal da pesquisa e ausência de reavaliações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo confirmou a vulnerabilidade dos acadêmicos de medicina a problemas de saúde física e mental e a impactos negativos nos indicadores de bem-estar. Os achados reforçam a necessidade de implantar programas de intervenção preventiva e de cuidado integral para estes estudantes, baseados em psicologia positiva, visando aumentar o bem-estar e diminuir a ansiedade e outras vulnerabilidades. O mapeamento do perfil da população-alvo realizado por este trabalho constitui uma base valiosa para o desenvolvimento de futuras intervenções mais personalizadas.

PALAVRAS-CHAVE: Felicidade; Psicologia Positiva; Acadêmicos de Medicina; Bem-estar; Saúde Mental.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

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