A PASTORAL PRESBITERAL COMO AUXÍLIO NA CRISE EXISTENCIAL DO PRESBÍTERO DA IGREJA DO BRASIL
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa teve como foco a análise da Pastoral Presbiteral como resposta concreta aos desafios existenciais enfrentados pelos presbíteros da Igreja no Brasil. Esses desafios envolvem aspectos espirituais, emocionais, pastorais e comunitários, agravados por fatores como solidão, sobrecarga de tarefas, crises afetivo-sexuais e perda do sentido vocacional. Motivada por essa realidade, a pesquisa buscou compreender de que forma a ação pastoral pode colaborar para o cuidado integral dos presbíteros e promover a convivência fraterna no presbitério. OBJETIVOS: O objetivo geral foi refletir sobre os cuidados com a vida dos presbíteros a partir da Pastoral Presbiteral, e os objetivos específicos incluíram: sistematizar as contribuições do Concílio Vaticano II e da CNBB sobre o cuidado com os presbíteros; identificar as causas das crises existenciais no clero; e propor meios para fomentar a fraternidade presbiteral. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia utilizada foi qualitativa, com abordagem bibliográfica e documental. Foram analisados documentos eclesiais (como Presbyterorum Ordinis, Lumen Gentium, Pastores Dabo Vobis e os Documentos 93 e 110 da CNBB), bem como obras de autores como William Pereira e Sandro Ferreira. RESULTADOS: Os resultados revelam que a Pastoral Presbiteral é um instrumento essencial para garantir o cuidado integral dos presbíteros, promovendo ações que favorecem o equilíbrio emocional, espiritual, humano e pastoral. Destaca-se a necessidade de estruturas diocesanas bem organizadas, capazes de oferecer escuta, acompanhamento espiritual, psicológico e espaços de fraternidade e formação contínua. Também foi evidenciado que a falta de confiança, o individualismo e a ausência de convivência fraterna constituem obstáculos significativos à eficácia dessa pastoral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A conclusão aponta que investir na Pastoral Presbiteral é investir na própria saúde e missão da Igreja. Um presbítero equilibrado serve melhor ao povo de Deus e encontra mais sentido em sua vocação. A pesquisa recomenda que a pastoral não se limite a ações assistencialistas, mas se estruture como um projeto permanente de acompanhamento, promovendo a cultura do cuidado, da corresponsabilidade e da comunhão entre os presbíteros. A construção de uma Igreja mais fraterna e saudável passa, necessariamente, pelo cuidado com aqueles que cuidam.
PALAVRAS-CHAVE: Pastoral Presbiteral; Crise Existencial; Presbíteros; Convivência Fraterna; Igreja no Brasil.
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