SEGURANÇA ALIMENTAR E DIREITOS HUMANOS: HORTAS URBANAS MUNICÍPIO DE CURITIBA
INTRODUÇÃO: Este trabalho investiga o impacto social e nutricional das hortas comunitárias de Curitiba (PR), com foco no papel desempenhado pelas mulheres — denominadas horteloas — na manutenção e no desenvolvimento dessas iniciativas. A pesquisa partiu de um levantamento biobibliográfico sobre hortas urbanas e comunitárias, aliado à análise de obras que dialogam com questões de gênero. OBJETIVOS: A partir dessa fundamentação teórica, buscou-se compreender como o trabalho agrícola urbano se relaciona com saberes tradicionais, práticas de cuidado e processos educativos informais. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia adotada foi de abordagem qualitativa, estruturada a partir de um estudo de caso em duas hortas comunitárias da cidade: Lala Schneider e Paraná 3 – Segunda Etapa. Foram realizadas entrevistas estruturadas com quatro participantes, que autorizaram a coleta por meio do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP 58297022.2.0000.0020). As entrevistas ocorreram diretamente no espaço das hortas, permitindo observação em campo e maior proximidade com a rotina das horteloas. O roteiro, embora previamente definido, manteve flexibilidade para que as participantes pudessem compartilhar livremente suas experiências e percepções. RESULTADOS: Essa estratégia possibilitou identificar aspectos socioeconômicos, culturais e alimentares, bem como compreender os significados atribuídos ao trabalho na terra e as dinâmicas de convivência presentes nos grupos. Embora as hortas comunitárias não sejam capazes de eliminar a pobreza ou garantir segurança alimentar plena, elas cumprem papel fundamental no acesso a alimentos frescos e livres de agrotóxicos, no fortalecimento de vínculos sociais e na transmissão intergeracional de saberes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As hortas comunitárias, apesar de suas limitações estruturais, configuram espaços essenciais para compreender as relações entre gênero, alimentação e cuidado no contexto urbano, oferecendo subsídios para políticas públicas mais inclusivas e para futuras pesquisas com abordagens quantitativas e interseccionais.
PALAVRAS-CHAVE: Hortas comunitárias; Agricultura urbana; Gênero; Segurança alimentar e nutricional; Práticas sociais.
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