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BRUXISMO DO SONO EM CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS E OS DETERMINANTES SOCIAIS ASSOCIADOS

CARSTENS, Anna Manuella Beraldin ¹; WERNECK, Renata Iani ²
Curso do(a) Estudante: Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Odontologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: O bruxismo do sono na infância é um distúrbio multifatorial que pode impactar significativamente o bem-estar e o desenvolvimento das crianças, especialmente nos primeiros mil dias de vida, período crítico para a formação da saúde física e emocional. Essa condição, muitas vezes negligenciada, está relacionada a aspectos biológicos, comportamentais e, principalmente, psicossociais. Diante da importância do cuidado integral à criança, este estudo se propôs a investigar como os determinantes sociais e os hábitos de sono podem se associar à presença do bruxismo do sono em crianças de dois anos de idade residentes na cidade de Curitiba. OBJETIVOS: O objetivo geral foi avaliar a prevalência do bruxismo do sono nessa faixa etária e sua relação com fatores sociais, comportamentais e ambientais. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa utilizou dados secundários da Coorte de Saúde Materno Infantil de Curitiba (COOSMIC), estudo que acompanha gestantes e seus filhos desde o pré-natal até os dois anos de vida. As variáveis analisadas foram organizadas conforme o modelo de determinantes sociais da saúde de Dahlgren e Whitehead. A amostra considerou crianças com dois anos de idade, e a análise estatística foi realizada com os softwares Excel e SPSS (versão 25.0), com aplicação de testes bivariados. RESULTADOS: A prevalência de bruxismo foi de 13,3%, e entre os fatores analisados, identificou-se associação estatisticamente significativa com o fato da criança dormir no mesmo quarto com outras pessoas e com o diagnóstico materno de depressão. Variáveis como escolaridade dos pais, estrutura familiar, idade dos responsáveis, renda mensal e presença de fumantes no domicílio não apresentaram associação relevante. Além disso, crianças com bruxismo relataram maior tempo médio diário de exposição a dispositivos eletrônicos. Não foi observada relação significativa com o tempo total de sono, uso de chupetas ou distúrbios respiratórios. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados sugerem que o bruxismo do sono em crianças de dois anos nessa amostra está associado ao ambiente psicossocial e emocional do que a fatores estruturais clássicos, como renda ou escolaridade. Isso destaca a importância de intervenções interdisciplinares voltadas ao suporte da saúde mental dos cuidadores, à promoção de práticas saudáveis de sono e ao uso consciente de tecnologias desde a primeira infância. Estudos futuros devem considerar amostras mais heterogêneas, métodos diagnósticos complementares e abordagens longitudinais para ampliar o entendimento sobre os fatores envolvidos nesse distúrbio.

PALAVRAS-CHAVE: Bruxismo do sono; Qualidade de vida; Crianças; Sono; Determinantes Sociais.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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