AVALIAÇÃO DA IMUNOEXPRESSÃO DA QUIMIOCINA TARC (CCL17) COMOMARCADOR BIOLÓGICO DE GRAVIDADE EM CÃES COM DERMATITEATÓPICA
INTRODUÇÃO: Proteínas da família S100A, como a filagrina 2 (FLG2), contribuem diretamente para manutenção da sua integridade da barreira cutânea e em cães com dermatite atópica (DAC) sua subexpressão predispõe a sensibilização alérgica, inflamação recorrentes e prurido persistente. OBJETIVOS: Esse trabalho buscou avaliar a imunoexpressão da FLG2 na pele de cães diagnosticados com DAC, nas diferentes apresentações clínicas da doença, com a finalidade de investigar sua associação com a cronicidade e gravidade do quadro clínico. MATERIAIS E MÉTODO: Foram incluídos 39 cães com diagnóstico de DAC, subdivididos em três grupos clínicos com base na apresentação das lesões cutâneas: alesional (n=11), eritema (n=18), liqueinificado (n=10), além de 10 cães hígidos como grupo controle. Os pacientes foram avaliados clinicamente e caracterizado seu escore lesional (CADESI-4) e grau de prurido (pVAS). Em seguida foram submetidos a biópsia cutânea e as amostras à análise dermatohistopatológica. A expressão da FLG-2 foi comparada por meio de imunohistoquímica com uso de anticorpo primário policlonal anti-filagrina 2 canina. A imunomarcação foi avaliada por meio de imagens escaneadas, cuja área positiva foi delimitada e quantificada por segmentação semi-automática no software Image Pro-Plus. Os dados foram submetidos à análise estatística, sendo adotado o nível de significância de 5% (p < 0,05). RESULTADOS: Uma diminuição da expressão de FLG2 entre o grupo controle e os grupos com DAC: alesional (p = 0.040); eritema (p = 0.004); e liqueinificado o (p = 0.036) foi observada, além de uma correlação da deficiência de filagrina com os índices de CADESI 4, escala de prurido e o perfil do infiltrado inflamatório (p < 0,05). Em adição, houve uma tendência de redução da expressão de FLG2 nos grupos com quadros clínicos mais crônicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo permitiu concluir que há uma diminuição da expressão da filagrina (FLG2) em cães com dermatite atópica, quando comparado a animais hígidos, e uma tendência a sua menor expressão com a cronicidade da doença, favorecendo a infiltrados inflamatórios mistos e aumento da gravidade lesional e dos índices de prurido.
PALAVRAS-CHAVE: Barreira Cutânea; Dermatite atópica; Filagrina-2; Imunoexpressão; Cão.
Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.