DOM HELDER CAMARA E EDITH STEIN: HUMANISMO E PERSONALISMO CRISTÃOS EM VISTA DA DIGNIDADE HUMANA
INTRODUÇÃO: O trabalho investiga a fundamentação e a vivência da dignidade humana pelo diálogo entre o humanismo cristão de Dom Helder Câmara (práxis profética) e o personalismo cristão de Edith Stein (fenomenologia da pessoa). Apoia-se em bibliografia especializada e na Declaração Dignitas Infinita (2024) como quadro teológico unificador. Justifica-se pela urgência ética contemporânea e pela originalidade de articular ação pastoral latino-americana e antropologia personalista europeia, visando demonstrar a complementaridade entre prática e fundamento ontológico na defesa da dignidade. OBJETIVOS: Geral: identificar pontos de encontro entre o humanismo de Dom Helder e o personalismo de Edith Stein quanto à dignidade humana.Específicos: (i) explorar a concepção de dignidade em Dom Helder; (ii) explorar a concepção de dignidade em Edith Stein; (iii) comparar ambas as perspectivas para evidenciar convergências teóricas e implicações práticas. MATERIAIS E MÉTODO: Pesquisa qualitativa, teórica e bibliográfica com abordagem hermenêutico-comparativa. O desenvolvimento ocorreu em duas etapas: levantamento e fichamento de fontes (agosto/2024–fevereiro/2025) e análise crítica com síntese e redação (março–julho/2025). A Dignitas Infinita (2024) foi introduzida como instrumento hermenêutico para organizar a comparação. Os capítulos articulam o magistério para o quadro teórico, o corpus helderiano para a análise da práxis e as obras de Stein para a fundamentação antropológica. RESULTADOS: A investigação sistematizou as influências de Dom Helder (Mounier, Maritain, espiritualidade franciscana) e a antropologia personalista de Stein (estrutura da pessoa, empatia, liberdade, responsabilidade). Verificou-se que Dom Helder enfatiza a dignidade nas dimensões social e existencial, traduzida em práticas de solidariedade, denúncia profética e ações institucionais. Stein fundamenta a dignidade na estrutura pessoal e aponta a empatia como ato fenomenológico que possibilita o reconhecimento ético do outro. A comparação evidenciou convergências centrais: a opção pelos pobres como empatia em ato, a liberdade como compromisso responsável e a comunidade como espaço teológico para a realização da dignidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que Dom Helder e Edith Stein, apesar de métodos distintos, oferecem perspectivas complementares: Stein aporta o fundamento ontológico e fenomenológico; Dom Helder encarna esse fundamento em compromisso histórico e pastoral. Recomenda-se ampliar o diálogo (por exemplo, com Levinas) e aprofundar a investigação sobre a dimensão mística como fundamento ético-pastoral.
PALAVRAS-CHAVE: Dom Helder; Humanismo Cristão; Edith Stein; Personalismo Cristão; Dignidade Humana.
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