SUBANÁLISE EM CENTRO DE PESQUISA: CORRELAÇÃO ENTRE DIAGNÓSTICOS CLÍNICOS PRÉVIOS E DIAGNÓSTICOS PÓS-TESTE GENÉTICO EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA
INTRODUÇÃO: Cardiomiopatia (CM) delimita condições em que as células do miocárdio apresentam anormalidades estruturais e funcionais na ausência de influência de outras doenças cardiovasculares (DCV). Existem as mais comuns, como a CM Dilatada e a CM Isquêmica, e as raras, como a CM Hipertrófica e a Amiloidose. A pesquisa “Saúde de precisão: correlação entre perfil genômico, epidemiológico, clínico e familiar em doenças cardiovasculares” visa, por meio de testes genéticos: implementar estratégias para o diagnóstico de DCV; relacionar as doenças estudadas com suas bases moleculares; avaliar o genoma de pacientes com DCV, determinando o espectro e frequência de variantes na amostra; e caracterizar o perfil clínico, epidemiológico e familiar, bem como rastrear mutações patogênicas de pacientes em seus familiares. Este projeto mantém os objetivos dessa pesquisa (em menor proporção), buscando estabelecer padrões de medicina de precisão, baseados na análise genética e na história clínica dos pacientes caso índice (PCI) e seus familiares (FPCI), e elaborar métodos fidedignos para a prevenção primária nas CMs. OBJETIVOS: Correlacionar os diagnósticos prévios realizados antes das análises genéticas em PCI com CMs e os diagnósticos obtidos por meio de testes genéticos (visando aperfeiçoamento do diagnóstico clínico e genético). Determinar a prevalência de testes genéticos positivos e o perfil epidemiológico dos FPCI visando medicina de precisão. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo retrospectivo com pacientes do Genoma Brasil com diagnóstico de CM e seus familiares. Foram revisados prontuários, exames físicos, laboratoriais, de imagem e tratamentos. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais, com uso de regressão. Os testes genéticos seguirão o parecer da SBGMG e critérios da ACMG, com classificação das variantes conforme relevância clínica e comunicação dos achados incidentais mediante consentimento. RESULTADOS: Foram analisados 26 PCI e 68 FPCI. As distribuições de idade, sexo, diagnóstico clínico, teste genético e fração de ejeção do ventrículo esquerdo dos PCI, assim como idade, sexo e testes genéticos dos FPCI foram avaliadas. PCI:Todos os diagnósticos clínicos foram concordantes com os testes genéticos; foram identificados 17 genes alterados, totalizando 31 mutações (5 pacientes com alterações concomitantes); 23 PCI apresentavam histórico familiar de DCV; A idade média ao diagnóstico dos foi 42 anos. Em relação aos FPCI, 54% dessa população testou positivo para alterações genéticas; 5 já tinham diagnóstico de CM. Desses, 62% possuem <40 anos. 78% dos testes positivos possui classificação ACMG como patogênico ou provavelmente patogênico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O teste genético é uma ferramenta estratégica para o rastreio de CM, especialmente quando associado ao perfil fenotípico. É relevante realizar teste genético em familiares de pacientes com CM, a fim de promover acompanhamento precoce da doença em atenção especializada.
PALAVRAS-CHAVE: Cardiomiopatia; Teste genético; Medicina de precisão; Correlação clínico-genética; Triagem familiar.
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