ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA: CORPOREIDADE PARTIR DAS MULHERES

INTRODUÇÃO: Ao compreender o ser humano, a partir de sua corporeidade e, dela, suas relações, poderemos vislumbrar uma maneira de encontro profundo com o totalmente Outro considerando tanto o pensamento masculino como feminino. OBJETIVOS: A presente pesquisa teve como objetivo investigar uma antropologia teológica a partir de Blanca Castilla de Cortázar, antropóloga, filosofa e doutora em Teologia. A autora é espanhola, dialoga bastante com o pensamento de Xavier Zubiri, Leonardo Polo e Karol Wojtyla, tem inúmeras publicações. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica cuja principal análise esteve em uma sequência de artigos da autora presentes na antologia Mujer, ¿quién eres? Antropología de la coidentidad esponsal volume I, também buscou-se uma correspondência em alguns comentários sobre Edith Stein. RESULTADOS: Os resultados apontam que, em sua abordagem, Castilla destaca que muitos foram os avanços da discussão sobre a mulher nas diversas ciências, contudo pouco avançou na antropologia filosófica, onde a história ocidental revela uma visão de pessoa abstrata e racionalista. Quanto a antropologia teológica, o conceito de Imago dei avançou bastante em direção a igualdade e a autora sustenta o resgate de uma visão relacional que contemple na Trindade como modelo das descrições da Imago Dei presente em Gênesis 1 e 2. O maior desafio para autora está em conjugar a igualdade e diferença no campo da antropologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desse modo, não defende um modelo de subordinação ou de apenas construção cultural, mas de igualdade e diferença enquanto modalização, resgata assim a complementariedade entre o homem e a mulher como dois modos distintos de ser pessoa humana. Relaciona isso ao tema da Imago dei a partir da relacionalidade da Trindade.

PALAVRAS-CHAVE: Mulher; Corporeidade; Antropologia; Igualdade; Diferença.