ANSIEDADE EM ACADÊMICOS DE MEDICINA BRASILEIROS

INTRODUÇÃO: Segundo a OMS mais de 300 milhões de pessoas sofrem problemas com ansiedade em todo o mundo, sendo assim, é considerado uma questão de saúde global e local que foram intensificados pela pandemia de COVID-19. Entre os grupos mais afetados pela ansiedade estão os acadêmicos de medicina, devido à sua maior vulnerabilidade ao adoecimento mental. Esse tema merece maior atenção devido às suas implicações significativas, principalmente para os estudantes. OBJETIVOS: Analisar o fenômeno da ansiedade na população universitária do curso de medicina. MATERIAIS E MÉTODO: Foi realizado uma revisão sistemática da literatura na plataforma PubMed no período de 2014-2024, empregando os descritores “anxiety” AND “medical students” AND “Brazil”. Foram encontrados um total de 129 registros e 15 artigos foram incluídos nesta revisão. RESULTADOS: As prevalências de ansiedade identificadas variaram de 19,5% a 85,6%, concentrando-se entre 30,1% e 52,6%. Esses valores foram superiores a estimativa nacional e, mesmo quando analisado o período da pandemia, não foi observado um aumento expressivo. Também não foi possível elencar um curso do ensino superior com maior prevalência de ansiedade. Além disso, ser mulher e estar nos primeiros anos da graduação foram associados a maiores prevalências. Os possíveis impactos identificados incluíram depressão, estresse, sonolência diurna, uso de substâncias psicoativas, pior qualidade de vida e prejuízos no desempenho acadêmico. Diante disso, é imperativo propostas de aplicações práticas de intervenção e prevenção nos âmbitos individual e institucional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Problemas com ansiedade são altamente prevalentes entre os estudantes de medicina, com muitos impactos negativos em sua vida. Esta revisão de literatura amplia e atualiza a compreensão sobre esse tema e fornece subsídios para implementação de estratégias de prevenção e manejo, contribuindo para o cuidado com a saúde mental e qualidade de vida dessa população.

PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade; Prevalência; Estudantes de Medicina; Brasil.