Logo PUCPR

DETERMINAÇÃO E MONITORAMENTO DE BIOINDICADORES TERRESTRES NA BACIA DO RIO MIRINGUVA – MOVIMENTO VIVA ÁGUA

SIMÕES, Thaiza Alves ¹; VECHI, Maria Julia Jakuboski de ³; BIANCHINI, Luiz Fernando ²
Curso do(a) Estudante: Ciências Biológicas – Bacharelado – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Ciências Biológicas – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A intensificação das atividades humanas tem provocado profundas alterações nos ecossistemas terrestres, afetando diretamente a estrutura das comunidades biológicas. Nesse contexto, o uso de bioindicadores para avaliação da degradação têm sido cada vez mais utilizados. O presente trabalho foi desenvolvido na bacia do Rio Miringuava, área afetada pela construção de uma barragem e submetida a ações de restauração ambiental promovidas pelo Movimento Viva Água. OBJETIVOS: Diante da necessidade de acompanhar o progresso da recuperação, o estudo buscou selecionar e monitorar hexápodes terrestres como bioindicadores em diferentes propriedades da região. MATERIAIS E MÉTODO: As coletas foram realizadas em três propriedades distintas, cujas áreas foram divididas em quatro quadrantes para amostragem. Para captura dos organismos, foram utilizadas armadilhas do tipo pitfall, confeccionada a partir de garrafas PET com solução de água e detergente, dispostas em sequência de 10 metros entre si. Os espécimes foram preservados em álcool 70% e identificados com o auxílio de chaves dicotômicas e microscopia estereoscópica. Os dados foram analisados a partir dos índices ecológicos de Shannon-Wiener(H), Simpson (D), dominância (1-D) e equitabilidade de Pielou (J), possibilitando avaliar a diversidade, dominância e uniformidade das comunidades avaliadas. RESULTADOS: Os resultados médios apontaram variações entre as três áreas amostradas, mas não o suficiente para considerar uma área mais estável que a outra. A propriedade 2 obteve os melhores índices (H= 1,35; D= 0,36; 1-D= 0,63; J= 0,80), sendo a área com maior nível de equilíbrio. A propriedade 1 obteve os menores índices ecológicos (H= 1,23; D= 0,38; 1-D= 0,61; J= 0,79), apesar de ter sido a propriedade com a maior diversidade de subfamílias de formigas. Por fim, a propriedade 3, em comparação com as outras áreas analisadas, pode ser considerada como intermediária, de acordo com os dados obtidos (H= 1,22; D= 0,41; 1-D= 0,58; J=0,68). As famílias Formicidae (Hymenoptera) e Phoridae (Diptera) foram as mais abundantes nas três áreas amostradas, reforçando seu potencial como bioindicadoras. A presença da família Staphylinidae (Coleoptera), também foi observada nas três áreas. As análises também revelaram padrões importantes nas subfamílias de formigas. A Myrmicinae foi a mais abundante em duas das três áreas, sugerindo presença de grupos mais generalistas em áreas de processo de recuperação. A Formicinae, por outro lado, se destacou na primeira propriedade. Já as subfamílias Dorylinae e Ponerynae foram restritas à primeira propriedade, enquanto Dolichoderinae apresentou baixa frequência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar das diferenças nos índices ecológicos das três áreas avaliadas, os dados apontam para um estágio intermediário de restauração ambiental. Esse padrão sugere que os ambientes avaliados estão em processo de recuperação, refletindo os efeitos das ações de restauração implementadas pelo Movimento Viva Água.

PALAVRAS-CHAVE: Bioindicadores; Equilíbrio ecológico; Insetos edáficos; Formicidae; Restauração ambiental.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC.

QUERO VOTAR NESTE TRABALHO

Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.