FATORES DE PROTEÇÃO PARA O CÂNCER DE MAMA EM USUÁRIAS DAS UNIDADES BÁSICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM LONDRINA-PR
INTRODUÇÃO: A prevenção do câncer de mama é uma prioridade da saúde pública, com a Atenção Primária à Saúde (APS) exercendo papel estratégico na promoção da saúde, prevenção de doenças e cuidado integral das mulheres. A prática regular de atividade física, alimentação balanceada, aleitamento materno e redução do consumo de ultraprocessados configuram atitudes preventivas que fortalecem a saúde e reduzem os fatores de risco. Consultas regulares ao ginecologista, conhecimento sobre exames de mama, participação em palestras educativas e envolvimento em grupos de apoio nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) são práticas fundamentais para o cuidado contínuo. O acolhimento, o suporte emocional no diagnóstico e o diálogo aberto com profissionais de saúde também são essenciais para que as mulheres enfrentem o câncer de mama com mais segurança, confiança e dignidade. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo analisar os fatores de proteção relacionados ao câncer de mama em mulheres atendidas pelas UBS de Londrina-PR, durante o ano de 2020, identificando os hábitos de vida que contribuem para a prevenção e os fatores protetivos mais predominantes entre pacientes diagnosticadas. Além disso, buscou-se propor medidas preventivas que possam reduzir o risco de desenvolvimento da doença na região, fortalecendo ações de promoção à saúde na APS. MATERIAIS E MÉTODO: rata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado em UBS do município. Os dados foram obtidos por meio de questionários estruturados, contemplando hábitos de vida, práticas preventivas e aspectos emocionais associados ao diagnóstico. A análise envolveu frequências simples e percentuais. RESULTADOS: Os resultados mostraram que as mulheres entrevistadas têm bom conhecimento sobre prevenção, realizam autoexame e mamografia regularmente, mas apresentam níveis apenas moderados de atividade física, com sedentarismo em parte significativa da população. Há hábitos alimentares saudáveis, como consumo frequente de frutas e legumes, além de acompanhamento ginecológico regular; contudo, muitas relataram ausência de acolhimento emocional. O diagnóstico foi descrito como um momento de forte impacto emocional, sendo que algumas buscaram conforto em práticas como meditação ou redes de apoio. A participação em palestras educativas é baixa, embora haja interesse em grupos de apoio. Dados do sistema SISCAN, de 2020 e 2021, revelaram que a maioria dos casos ocorreu entre mulheres de 40 a 59 anos, o que acompanha o padrão epidemiológico nacional. O aumento nas mamografias entre 2014 e 2021 reflete avanços nas políticas públicas e na estrutura da APS, ampliando o acesso ao rastreamento precoce CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que, embora as mulheres demonstrem conhecimento teórico sobre a prevenção do câncer de mama, persistem barreiras significativas à adoção de práticas preventivas e de autocuidado. A fragilidade do acolhimento emocional na APS compromete a integralidade do cuidado, especialmente nos momentos críticos do diagnóstico. É essencial investir em estratégias integradas, interdisciplinares e humanizadas, que garantam suporte contínuo, qualificado e sensível às necessidades das mulheres, promovendo a efetiva transformação do conhecimento em ações concretas de promoção da saúde e prevenção do câncer de mama.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer de mama; Fatores de Proteção; Atenção Primária; Saúde da mulher; Fatores de risco.
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