DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DE POLPA DE DENTE PERMANENTE E PAPILA APICAL
INTRODUÇÃO: As células-tronco mesenquimais (CTM) derivadas de polpa de dente (DPSC) e papila apical (SCAP) têm potencial de autorrenovação e diferenciação em diversas linhagens celulares. Devido à facilidade de coleta e à sua origem embrionária comum com o sistema nervoso, ectoderme, essas células se tornam uma opção promissora para o tratamento de doenças neurodegenerativas. Para a caracterização e padronização das CTM, a Sociedade Internacional de Terapia Celular e Gênica (ISCT) estabelece que essas células devem ter morfologia fibroblastóide, possuir capacidade de diferenciação em determinadas linhagens e potencial de formar colônias. Para que essas células possam ser empregadas de forma eficaz em terapias, sua caracterização é fundamental. Esse processo assegura a padronização e a reprodutibilidade dos resultados, aumentando a confiabilidade das pesquisas na terapia celular. OBJETIVOS: Caracterizar as DPSC e SCAP quanto à capacidade de diferenciação celular e eficiência na formação de colônias MATERIAIS E MÉTODO: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR (6.328.333). As DPSC e SCAP foram isoladas, cultivadas e induzidas à diferenciação adipogênica e osteogênica por 21 dias e a avaliação foi realizada por meio das colorações com Oil Red e Alizarin Red, respectivamente. Para o ensaio de formação de colônias (CFU-F), as células foram cultivadas por dez dias, fixadas e coradas com metanol e cristal violeta para realização de contagem e cálculo da eficiência da formação de colônias. RESULTADOS: As DPSC e SCAP apresentaram morfologia fibroblastóide e aderência ao plástico, características de CTM. Na avaliação qualitativa da diferenciação adipogênica das fontes, foram observados poucos e pequenos vacúolos lipídicos em ambas. Os resultados da espectrofotometria mostraram que não houve diferença significativa entre o controle e as células diferenciadas. Contudo, o resultado por contagem manual apresentou que houve diferença significativa (p<0,0001). Na diferenciação osteogênica, ambas apresentaram depósitos de cristais de cálcio, e no resultado da espectrofotometria, tanto a DPSC quanto a SCAP apresentaram diferença estatística (p<0,0001) entre o controle e as células diferenciadas. As amostras demonstraram capacidade de formação de colônias, com uma média de 66,65±29,24 para DPSC e 97,02±43,53 para a SCAP, sendo observada uma diferença estatística significativa na formação de colônias (p=0,0071). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo demonstrou o potencial das DPSC e SCAP como fontes alternativas para terapia celular, destacando a coleta pouco invasiva. Esses resultados destacam a importância de um processo de caracterização rigoroso para assegurar a reprodutibilidade e a confiabilidade das terapias baseadas em células-tronco mesenquimais.
PALAVRAS-CHAVE: CTM; Diferenciação; Caracterização; DPSC; SCAP.
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