AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO GBTLI PARA TRATAMENTO DE LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA (LLA) EM UM HOSPITAL DO CÂNCER
INTRODUÇÃO: A leucemia linfoide aguda é um câncer hematológico que afeta as células, produzidas na medula óssea, responsáveis pela proteção do organismo. Essa doença atinge principalmente o público pediátrico, manifestando-se entre os 2 e 5 anos de idade. No Hospital do Câncer de Londrina (HCL), o protocolo do grupo alemão Berlim-Frankfurt-Munïch (BFM) e do Grupo Brasileiro de Tratamento de Leucemias Infantis (GBTLI), são os dois principais protocolos de tratamento utilizados. Ambos os protocolos possuem fármacos muito similares, distinguindo-se quanto a dosagem e a periodicidade. O protocolo brasileiro, possui quatro principais fases, denominadas indução, consolidação, intensificação e manutenção. O GBTLI possui menor agressividade e estipula um maior tempo de tratamento. OBJETIVOS: Analisar os desfechos dos pacientes pediátricos do HCL que foram tratados com o protocolo GBTLI, avaliando sua efetividade quanto à toxicidade e às taxas de sobrevida, recidiva e sobrevida. MATERIAIS E MÉTODO: O trabalho foi realizado por meio da análise retrospectiva de dados dos prontuários, disponibilizados pelo HCL, dos pacientes pediátricos, com idades entre 3 meses e 20 anos, tratados com o protocolo GBTLI (versão 2009) no HCL, localizado em Londrina, PR. Foram excluídos do estudo, pacientes que possuíam anormalidades genéticas específicas, tratamento prévio antes da primeira internação e recusa ao tratamento. RESULTADOS: Os resultados apresentados reforçam a relevância clínica e científica deste estudo para a área de tratamento da leucemia linfoide aguda (LLA) pediátrica. A demonstração de que o protocolo GBTLI, aplicado em um centro de referência do sul do Brasil, alcançou sobrevida média de 36,1 meses e tempo até recaída superior a 32 meses, com associação positiva entre número de quimioterapias intratecais, representa uma contribuição inédita no cenário nacional. Além disso, a análise detalhada de toxicidade, recidivas e impacto da radioterapia profilática fornece um panorama robusto para compreender a eficácia e segurança desse protocolo em condições reais de atendimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O protocolo GBTLI se demonstrou eficaz na sobrevida, controle de recaídas e perfil de toxicidade em pacientes pediátricos com LLA, embora se observe uma taxa de mortalidade superior ao outro protocolo em uso.
PALAVRAS-CHAVE: Leucemias agudas; Quimioterapia; Protocolo GBTLI; Infecção; Prognóstico.
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