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AVALIAÇÃO DA GENERALIZAÇÃO DE COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS E OPERANTE VERBAL MANDO EM CRIANÇAS COM TEA

CARRERI, Maria Eduarda Sgrignoli ¹; NETO, Celso Apparecido Athayde ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Psicologia – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento. Uma das intervenções eficazes no manejo de comportamentos disruptivos em crianças com TEA é o Treinamento de Comunicação Funcional (TCF), que visa ensinar respostas comunicativas apropriadas com função equivalente aos comportamentos inadequados. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo avaliar as condições sob as quais ocorre generalização da redução dos comportamentos desafiadores após o ensino do operante verbal Mando. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva, de caráter quase experimental, que envolveu uma participante diagnosticada com TEA, do sexo feminino, entre 8 e 10 anos de idade, frequentadora do ensino regular e em acompanhamento terapêutico em uma clínica de Desenvolvimento Humano (ABA) em Londrina, Paraná. A coleta de dados foi realizada em dois contextos distintos: a sala de ensino da clínica e a sala de aula da escola. Os dados foram coletados por meio de registros observacionais, realizados uma vez por semana, com duração de uma hora por sessão, padronizadas para serem realizadas nos mesmos dias e horários. As categorias de análise incluíram os diferentes tipos de Mando (por retirada, ações, informações e objetos) e os comportamentos disruptivos (como gritos, choros, autolesão, agressão ao ouvinte e danos ao ambiente físico). Os registros consideraram também os eventos ambientais antecedentes e consequentes aos comportamentos observados. RESULTADOS: No contexto escolar, observa-se que a emissão de mandos foi relativamente baixa e oscilante, variando de 0 a 3 ocorrências. Houve registro de mandos nos dias 1, 2 e 3, com ausência no dia 4, destacando uma diminuição progressiva ao final do período. Já na clínica, a emissão de mandos mostrou crescimento expressivo, partindo de apenas 1 ocorrência no dia 1 para 6 nos dias 3 e 4, indicando aumento consistente da intervenção por meio desse tipo de instrução.Quanto aos comportamentos disruptivos, na escola os índices mantiveram-se relativamente estáveis e baixos, com valores entre 1 e 2 ocorrências ao longo dos quatro dias. Diferentemente, na clínica houve uma redução acentuada: no dia 1 foram registradas 7 ocorrências, que caíram para 1 no dia 2 e estabilizaram em 3 nos dias 3 e 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados revelaram que, na clínica, houve maior emissão de mandos, porém maior incidência de comportamentos desviantes também. Na escola, os disruptivos foram raros, com apenas dois episódios em um mesmo dia, sugerindo influência de variáveis contextuais e eventos privados. Dessa forma, conclui-se que o Treinamento de Comunicação Funcional se mostra promissor na promoção de habilidades comunicativas em crianças com TEA e na redução de comportamentos inadequados, sendo a generalização um aspecto que requer planejamento e estratégias específicas

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro Autista; Análise do Comportamento Aplicada; Comunicação Funcional; Operante Verbal; Comportamento Disruptivo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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