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SINAIS QUÍMICOS E A ESCOLHA DE ABRIGOS POR MORCEGOS

CAMPOS, Yasmin Silva ¹; PAROLIN, Lays Cherobim ²
Curso do(a) Estudante: Ciências Biológicas – Bacharelado – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Ciências Biológicas – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A escolha de abrigos é um comportamento vital para a sobrevivência animal, oferecendo proteção e favorecendo o sucesso reprodutivo. Em morcegos, essa decisão é ainda mais complexa devido à sua rica sensorialidade, diversidade social e tendência à formação de grandes colônias. OBJETIVOS: Este estudo investiga a influência da percepção química na seleção de abrigos por morcegos, buscando preencher lacunas na literatura e orientar pesquisas futuras. MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia consiste em uma revisão sistemática da literatura com base em palavras-chave relacionadas a morcegos e sinais químicos, realizada nas plataformas Google Acadêmico e Web of Science. Foram organizadas informações como espécie, localidade, comportamento e tipos de sinais químicos em uma planilha para análise. A análise seguiu os princípios da Ecologia Comportamental e utilizou a técnica de análise de conteúdo para categorizar os dados. Foram excluídos estudos que não abordassem a relação entre sinais químicos e abrigos, ou que focassem apenas na busca por alimento. RESULTADOS: Dos 300 artigos inicialmente encontrados, apenas 15 atenderam aos critérios de inclusão. Os dados apontam que sinais olfativos são fundamentais para o reconhecimento entre membros da colônia, seleção de parceiros, detecção de predadores e demarcação territorial. Em Phyllostomus hastatus, secreções glandulares estão ligadas à seleção de parceiros. Myotis myotis usa odores para identificar predadores. Espécies como Leptonycteris curasoae, Tylonycteris pachypus e Eptesicus fuscus utilizam odores corporais para reconhecimento de parceiros e membros da colônia. Hipposideros armiger secreta odores pela testa para mediação de disputas territoriais. Já em Mops condylurus, Pipistrellus pipistrellus e Tadarida brasiliensis, os odores ajudam na distinção entre sexos e no reconhecimento de companheiros de abrigo. Por fim, Saccopteryx bilineata utiliza secreções faciais para marcar território. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados mostram que ainda são escassos os estudos que tratam diretamente da relação entre percepção química e seleção de abrigos, mas também que as evidências existentes apontam que os sinais químicos possuem importante papel na comunicação social, reconhecimento individual, organização de grupos e comportamento reprodutivo em algumas espécies de morcegos. A relevância do tema reforça a necessidade de mais investigações, inclusive experimentais, sobre como sinais químicos influenciam as escolhas de abrigo em morcegos.

PALAVRAS-CHAVE: Olfato; Chiroptera; Comportamento social; Feromônio; Fidelidade ao abrigo.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica no programa PIBIS da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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