FORMAÇÃO CONTINUADA: O QUE DIZEM AS PESQUISAS?
INTRODUÇÃO: A Educação Ambiental (EA), prevista na Política Nacional de Educação Ambiental e na Base Nacional Comum Curricular, vai além da mera transmissão de conteúdos ecológicos, propondo-se a formar sujeitos críticos capazes de intervir na construção de sociedades sustentáveis; entretanto, formação de professores é um desafio a ser superado para sua efetiva inserção na Educação Básica. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo identificar, por meio de revisão sistemática, as características, tendências e lacunas da Formação Continuada de docentes em EA descritas pela literatura acadêmica. MATERIAIS E MÉTODO: Para tanto, realizou-se o levantamento da produção acadêmica nas bases BDTD, SciELO e ERIC, tendo como recorte temporal os anos de 2000-2024, onde foram selecionados 117 estudos, sendo 76 dissertações, 27 teses e 14 artigos. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo qualitativa de Minayo (2006), gerando quatro categorias analíticas. RESULTADOS: As pesquisas indicaram que em relação às concepções e tendências, há predomínio das macrotendências conservacionista e pragmática, mas cresce o viés crítico-emancipatório. Ainda, características pedagógicas evidenciam ênfase no conhecimento pedagógico do conteúdo, métodos ativos de aprendizagem, participação coletiva, duração prolongada e coerência institucional. Apesar disso, desafios estruturais apontam fragmentação de ações, baixatransversalidade curricular e articulação universidade-escola. Nesse contexto, tendências emergentes incluem uso de tecnologias digitais, integração entre Formação Continuada e currículo e construção de identidades docentes ecológicas.Desse modo, a Formação Continuada em EA constitui campo em expansão, mas ainda requer políticas públicas integradas, metodologias participativas e abordagens contextualizadas que dialoguem com os saberes docentes e os desafios socioambientais locais CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, o estudo evidenciou que a revisão sistemática oferece indícios consolidados que podem subsidiar o desenho de programas formativos mais críticos e coerentes.
PALAVRAS-CHAVE: Formação Continuada; Educação Ambiental; Revisão Sistemática.
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