DESENVOLVIMENTO DE SCAFFOLDS (ANDAIMES) A BASE DE CARBOXIMETIL CELULOSE E QUITOSANA
INTRODUÇÃO: Hoje, há uma busca por materiais biocompatíveis, biodegradáveis e economicamente viáveis capazes de formar estruturas porosas que favoreçam a adesão celular e a regeneração tecidual. A quitosana (CNS), derivada da quitina, é conhecida por sua capacidade de formar géis e filmes com propriedades antimicrobianas, enquanto a carboximetilcelulose (CMC) é um derivado da celulose que contribui com propriedades estruturais à matriz polimérica, também com alta biocompatibilidade. OBJETIVOS: Neste contexto, esta pesquisa teve como objetivo desenvolver scaffolds poliméricos compostos por CNS e CMC, visando aplicações em engenharia de tecidos. MATERIAIS E MÉTODO: Foram avaliadas diferentes proporções entre CNS e CMC, além de suas interações em soluções aquosas de ácido acético. Após testes de incorporação, foram preparados sistemas contendo 1% de cloreto de lítio, avaliando a capacidade de reticulação dos géis na presença deste sal. As formulações mais adequadas contendo 0,5% m/V de CMC e/ou CNS resultantes foram analisadas quanto à integridade física, capacidade de retenção de líquidos, morfologia aparente e desempenho em testes de estabilidade em diferentes pH (4, 7 e 10), com o intuito de investigar a capacidade de absorção dos hidrogéis e sua relação com a composição e estrutura do material. RESULTADOS: Inicialmente, dificuldades de solubilidade impediram a formação de scaffolds homogêneos a partir da mistura polimérica. No entanto, numa segunda abordagem, foi possível desenvolver estruturas contendo macrobolhas de carboximetilcelulose dispersas em soluções de quitosana, por meio da adição de cloreto de lítio. Os resultados mostraram que formulações com maior proporção de carboximetilcelulose apresentaram poros mais evidentes, enquanto aquelas com maior concentração de quitosana exibiram maior rigidez, menor porosidade e menor taxa de degradação no pH. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados desta pesquisa forneceram uma base sólida para estudos futuros voltados à aplicação desses scaffolds como possíveis suportes para regeneração tecidual ou como sistemas de liberação controlada de fármacos em contextos clínicos específicos em diferentes condições de pH.
PALAVRAS-CHAVE: Quitosana; Carboximetilcelulose; Scaffolds; Biomateriais; Liofilização.
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