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INDICES DETRATORES PARA UMA PROPOSTA DE METRICA PARA CONCEITUAR SMART CITIES

SOUZA, Luísa Thomé de ¹; SALDANHA, Rodrigo Roger ²; SILVA, Alysson Vitor da ²
Curso do(a) Estudante: Direito – Câmpus Toledo –
Curso do(a) Orientador(a): Direito – Câmpus Toledo

INTRODUÇÃO: O presente trabalho de pesquisa científica se propôs a investigar criticamente os índices tradicionais que classificam cidades inteligentes, com foco na realidade brasileira. Observou-se que as métricas convencionais, amplamente difundidas em rankings nacionais e internacionais, priorizam indicadores de inovação tecnológica, conectividade e desempenho econômico, deixando em segundo plano fatores estruturais essenciais para o desenvolvimento urbano inclusivo e sustentável. Diante disso, o estudo partiu da hipótese de que os atuais critérios não refletem adequadamente as desigualdades e os déficits históricos que marcam o contexto urbano do Brasil, país de grandes disparidades regionais e socioeconômicas. OBJETIVOS: O objetivo geral da pesquisa foi propor uma métrica alternativa para avaliação das smart cities no país, incorporando os chamados fatores detratores, ou seja, aqueles problemas que inviabilizam ou mascaram o real desenvolvimento urbano. Para tanto, o estudo propôs a adaptação teórica do método Ecosystem Value Balance (EVB), que originalmente avalia o equilíbrio de ecossistemas naturais, para o contexto urbano, estruturando a avaliação em quatro eixos fundamentais: social, ambiental, econômico e institucional. MATERIAIS E MÉTODO: O percurso metodológico consistiu em revisão bibliográfica, análise documental dos principais índices existentes, e construção teórica da métrica proposta. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que os rankings atuais promovem uma leitura parcial da inteligência urbana, enfatizando avanços tecnológicos enquanto ignoram indicadores relacionados a saneamento básico, inclusão digital, saúde, educação, mobilidade inclusiva e participação democrática. O índice EVB, por sua vez, propõe um modelo equilibrado, redistributivo e proporcional, capaz de corrigir distorções por desigualdade e permitir comparações justas entre cidades de diferentes portes e realidades. A principal contribuição deste estudo reside na formulação de uma proposta de avaliação urbana orientada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, capaz de guiar políticas públicas mais justas, efetivas e comprometidas com o direito à cidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o futuro das cidades inteligentes brasileiras não depende apenas de tecnologias de ponta, mas de um compromisso efetivo com a superação das desigualdades e a garantia de condições dignas de vida para toda a população.

PALAVRAS-CHAVE: Cidades Inteligentes; Índices detratores; Ecosystem Value Balance.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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