AVALIAÇÃO DA HABILIDADE DE DEAMBULAÇÃO DE INDIVÍDUOS PÓS-AVE SUBMETIDOS AO TRATAMENTO DE NEUROMODULAÇÃO RADIO ELECTRIC ASYMMETRIC CONVEYER
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma condição neurológica de alta gravidade, representando uma das principais causas de mortalidade global e acarretando sérios comprometimentos nos padrões motores e funcionais dos afetados. A ocorrência do AVE está frequentemente ligada a fatores de risco como diabetes, hipertensão e histórico de bloqueio arterial, podendo manifestar-se em duas formas principais: isquêmico e hemorrágico, ambos resultando em danos cerebrais que podem comprometer a função motora. Esses danos não se isolam apenas ao âmbito neurológico, mas também envolvem a unidade neurovascular, cuja desregulação pode causar hemiplegia contralateral, diferentes graus de espasticidade e, por consequência, distúrbios na marcha, como o pé equino espástico. Diante desse cenário epidemiológico, a tecnologia REAC (Radio Electric Asymmetric Conveyer) propõe, de forma inovadora, a neuromodulação. Esta utiliza campos eletromagnéticos assimétricos de baixa intensidade para tratar disfunções motoras. Seu protocolo, conhecido como Otimização Neuro Postural (NPO), aplica um único burst de radiofrequência de 5,8 GHz ou 10,5 GHz, com uma duração de 250 ms ou 500 ms na anti-hélice auricular, visando melhorar a coordenação motora, a marcha e o equilíbrio. Essa abordagem não invasiva busca ajustar o equilíbrio postural e promover a recuperação funcional em pacientes com condições neurológicas como o AVE, oferecendo uma nova opção terapêutica na reabilitação dessas disfunções. OBJETIVOS: O objetivo principal deste estudo é avaliar o efeito do tratamento de neuromodulação REAC na habilidade de deambulação de indivíduos pós-ave. MATERIAIS E MÉTODO: No estudo, o Teste Timed Up and Go (TUG) foi utilizado para avaliar a mobilidade funcional dos participantes que receberam a intervenção, sendo aplicado antes e após a intervenção com o protocolo de otimização neuropostural REAC. O TUG mede o tempo que um indivíduo leva para se levantar de uma cadeira, caminhar três metros, fazer uma volta e retornar para se sentar, sendo um indicador da capacidade de mobilidade e habilidade de deambulação. Foi realizado em um ambiente controlado e padronizado, o teste incluiu orientações detalhadas e uma demonstração prévia para garantir a compreensão dos participantes. RESULTADOS: Na medida desse estudo, os dados não indicaram efeito estatisticamente significativo da intervenção com o protocolo NPO. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ausência de variações relevantes no tempo de execução sugere que, neste parâmetro específico, não foram observadas mudanças associadas à neuromodulação REAC ao longo da pesquisa. Recomenda-se que futuras investigações sejam conduzidas com amostras maiores, múltiplos pontos de avaliação, follow-up, inclusão de protocolos combinados (NPO e NPPO) e comparação com outras modalidades de neuromodulação não invasiva
PALAVRAS-CHAVE: Radio Eletric Assimmetric Conveyer; Marcha; Acidente Vascular Encefálico; Timed Up and Go test; Otimização neuropostural.
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