Logo PUCPR

INTERSEÇÕES ENTRE DIREITO E LITERATURA: A PRIVAÇÃO DA LIBERDADE NA AUTOFICÇÃO DE GRACILIANO RAMOS

CANTERI, Gabriela Godoy ¹; ARRUDA, Angela Maria Pelizer de ²; SCHIAVON, Giovanne Henrique Bressan ²
Curso do(a) Estudante: Direito – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Direito – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A intersecção entre Direito e Literatura permite uma reflexão crítica sobre as normas jurídicas e sua aplicação social. A obra Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos, ao abordar o encarceramento durante o Estado Novo, revela as contradições do sistema penal e questiona a justiça, a liberdade e o poder. OBJETIVOS: Busca-se, com base na hermenêutica jusliterária, investigar as articulações entre Direito, literatura, pena, narrativa e crítica social a fim de evidenciar como Memórias do Cárcere mobiliza dimensões políticas, jurídicas e humanas da prisão, expondo os paradoxos do sistema penal e suas implicações éticas. MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem hermenêutica e caráter interdisciplinar. O percurso metodológico incluiu três etapas: levantamento bibliográfico, leitura integral e interpretativa da obra de Graciliano Ramos, e aprofundamento teórico nos estudos jusliterários. O referencial teórico vincula Direito e Literatura, com foco na análise crítica da pena e do sistema penal a partir da narrativa literária. RESULTADOS: A análise evidenciou que Memórias do Cárcere articula com potência a linguagem estética e a crítica política, denunciando as violências institucionais e a erosão das garantias jurídicas no contexto do Estado Novo. O caráter autoficcional da obra amplia seu valor testemunhal, permitindo ao leitor uma aproximação sensível da experiência do cárcere e de seus efeitos desumanizantes CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa confirma a relevância da literatura como instrumento de crítica ao Direito, especialmente sob a lente da hermenêutica jusliterária. Memórias do Cárcere ultrapassa o registro autobiográfico, constituindo-se como denúncia e memória coletiva. Ao revelar contradições jurídicas e políticas, a obra convoca à reflexão sobre liberdade, poder punitivo e a urgência de uma justiça mais ética e humanizada.

PALAVRAS-CHAVE: Direito e Literatura; Hermenêutica jusliterária; Execução penal; Autoficção; Memórias do Cárcere.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

QUERO VOTAR NESTE TRABALHO

Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.