O DESENVOLVIEMENTO DA SAÚDE MENTAL PELA PRÁTICA DA GRATIDÃO E SEUS EFEITOS FISIOLÓGICOS NO ÍNDIVIDUO
INTRODUÇÃO: A prática contínua da gratidão pode modular a atividade do sistema nervoso autônomo, especialmente reduzindo a ativação do sistema simpático, cuja hiperatividade está associada à clássica resposta de “luta ou fuga”. OBJETIVOS: Este trabalho de iniciação científica teve como objetivo analisar, sob uma perspectiva multidisciplinar, os efeitos da prática da gratidão no desenvolvimento da saúde mental e seus impactos fisiológicos no indivíduo. MATERIAIS E MÉTODO: Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica abrangente em bases de dados nacionais e internacionais, com seleção criteriosa de artigos empíricos e revisões sistemáticas que abordassem os vínculos entre gratidão, bem-estar subjetivo e regulação neuroendócrina. RESULTADOS: Os resultados obtidos evidenciaram que a gratidão, além de um sentimento positivo, constitui uma força de caráter essencial para promover coesão social, fortalecer vínculos interpessoais e estimular comportamentos pró-sociais, favorecendo maior satisfação com a vida, qualidade do sono e menor sintomatologia depressiva e ansiosa. Sob a ótica psicanalítica, verificou-se que a gratidão atua como elemento integrador do ego e favorece o amadurecimento emocional. Do ponto de vista neurofisiológico, constatou-se que estruturas como hipotálamo, hipófise e glândulas adrenais desempenham papel central na resposta ao estresse, mediando os efeitos da gratidão por meio do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, cuja atividade pode ser modulada pela prática constante, resultando em menores níveis de cortisol circulante. Evidências de estudos com neuroimagem mostraram a ativação de áreas cerebrais ligadas à recompensa, regulação emocional e empatia, como o córtex pré-frontal ventromedial, o córtex cingulado anterior e o núcleo accumbens, associando a gratidão a efeitos neuroprotetores e à promoção de neuroplasticidade. Além disso, identificou-se uma relação direta entre a prática da gratidão e a diminuição de marcadores inflamatórios, como proteína C-reativa, IL-6 e TNF-α, além de melhora na variabilidade da frequência cardíaca e na regulação autonômica. Observou-se ainda que intervenções simples, como diários de gratidão e reflexões diárias, são estratégias acessíveis para potencializar esses benefícios psicofisiológicos CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, conclui-se que a gratidão pode ser aplicada como ferramenta complementar de promoção de saúde mental. O trabalho reforça a importância de integrar abordagens emocionais positivas às práticas de cuidado em saúde, destacando a gratidão como recurso potente na prevenção de doenças relacionadas ao estresse crônico e na construção de maior resiliência emocional.
PALAVRAS-CHAVE: Gratidão; Saúde mental; Fisiologia da gratidão; Neuroplasticidade; Efeitos hormonais.
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