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MULHERES NEGRAS CHEFES DE FAMÍLIA EM VULNERABILIDADE SOCIAL: DESAFIOS, RESILIÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE EMPODERAMENTO

GOMES, Natasha de Miranda ¹; DIAZ, Sandra Maria Mattar ²
Curso do(a) Estudante: Licenciatura em Ciências Sociais – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Ciências Sociais – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: Este trabalho trata-se de uma pesquisa que se propõe a refletir sobre a trajetória de mulheres negras, chefes de família e em situação de vulnerabilidade social, tendo como foco os processos históricos de silenciamento e invisibilização que atravessam suas vidas. A pesquisa parte do reconhecimento de que essas mulheres vivenciam violências estruturais marcadas pela intersecção de opressões de raça, gênero e classe, que se manifestam de forma silenciosa, porém profunda, no cotidiano, na memória e nos corpos dessas sujeitas. Ao observar a permanência dessas violências desde o período colonial até os dias atuais, compreende-se que a desigualdade vivida por mulheres negras é resultado de um processo histórico de exclusão OBJETIVOS: O principal objetivo da pesquisa é tornar visível a história de vida de mulheres negras em condição de vulnerabilidade social, destacando seus percursos de resistência e enfrentamento. Pretende-se também discutir como o silenciamento social se reproduz ao longo de gerações, contribuindo para a manutenção da desigualdade. Além disso, o intuito do trabalho é promover o reconhecimento do lugar de fala dessas mulheres como ferramenta de transformação social MATERIAIS E MÉTODO: A metodologia adotada é qualitativa, com foco na escuta e análise das narrativas de vida, que seriam colhidas por meio de entrevistas com mulheres negras chefes de família. No entanto, devido a limitações logísticas e à dificuldade de encontros presenciais no ano de 2025, as entrevistas ainda não foram realizadas. A pesquisa baseia-se em revisão bibliográfica e análise teórica a partir das contribuições de pensadoras e pensadores que problematizam as intersecções entre raça, gênero e poder. RESULTADOS: Mesmo sem as entrevistas previstas, os dados teóricos analisados até aqui já apontam a importância de se compreender a memória social das mulheres negras como instrumento de denúncia e reconstrução de suas identidades, fortalecendo narrativas que historicamente foram apagadas. A análise indica que a repetição da vulnerabilidade ao longo das gerações está ligada à permanência de estruturas racistas e patriarcais que organizam a sociedade brasileira. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, é possível estabelecer a hipótese de que para romper com o ciclo de invisibilidade e exclusão, é essencial tornar essas trajetórias visíveis, e que o reconhecimento das vozes das mulheres negras é um passo fundamental para que deixem de ser vistas apenas em papéis de cuidado e passem a ocupar, com legitimidade, espaços de decisão, visibilidade e poder na sociedade.

PALAVRAS-CHAVE: Mulheres Negras; Invisibilidade; Racismo; Violência; Identidade.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBIC.

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