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ANÁLISE DE MATERIAIS EM INVESTIGAÇÃO PELA TECNOVIGILÂNCIA HOSPITALAR DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO MUNICÍPIO DE CURITIBA-PR

PERES, Simone Cristina ¹; MOURA, Luara Baena ³; SALES, Fernanda Cristina Ostrovski ²
Curso do(a) Estudante: Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Farmácia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, autarquia federal, tem como uma de suas finalidades proteger a saúde pública por meio de controle sanitário visando que produtos sejam seguros após sua entrada no mercado. Na pós comercialização de um produto para saúde, problemas inesperados, nem sempre detectados durante a avaliação da pré-comercialização, podem surgir, como por exemplo eventos adversos relacionados a: rotulagem do produto, instruções de uso, manuais de operação e de serviço e até mesmo a técnica e a habilidade do usuário. Assim, é nesse contexto de pós-comercialização que se insere a Tecnovigilância, um processo formal, por meio de monitoramento e avaliação; adicionalmente, como se trata de um conjunto de ações – estudos, análises, investigações a respeito do desempenho de um produto durante a fase pós-comercialização, pode permitir, com o controle de fatores de risco, evidenciar situações fundamentais para segurança do bem-estar de consumidores/pacientes. OBJETIVOS: Descrever e analisar quantitativamente o processo de Tecnovigilância em Hospitais, localizados no município de Curitiba. MATERIAIS E MÉTODO: O estudo se baseou nas análises dos dados referentes ao processo de tecnovigilância do hospital em questão, coletados de janeiro/2024 a junho/2025. A revisão dos procedimentos, sob supervisão da farmacêutica responsável pelo processo de Tecnovigilância do Hospital, foi realizada por meio da verificação de materiais e de análises de ocorrências (falhas de processo ou desvio de finalidade). A impostação dos dados e análises previas foram feitos pela acadêmica e a notificação à ANVISA, por meio do NOTIVISA, foi realizada pela Farmacêutica responsável. RESULTADOS: Pela coleta dos dados, foi observado que, de 197 ocorrências identificadas, 90 foram relacionadas a desvio de qualidade de material, 18 ocorrências por uso inadequado, 9 por armazenamento, 19 por material com especificações diferentes do comparativo, sem prejuízo da eficácia funcional, 3 por compra inadequada, 1 por incompatibilidade química, 14 inconclusivas aguardando o retorno do fornecedor e 43 com análise ainda por ser realizada face o elevado fluxo pontual de ocorrências e a disponibilidade de mão de obra para a atividade. Essa observação corrobora relatos identificados na literatura de que falhas relacionadas ao produto em si, principalmente a desvios de qualidade, são frequentemente encontradas em diferentes estudos realizados em diversos hospitais no país e, ainda, falhas relacionadas a embalagens, ao armazenamento e por qualidade aquém a esperada, também foram observadas. Além de problemas relacionados ao produto, problemas atribuídos ao uso inadequado foram identificados e podem ter como causa a dificuldade encontrada pelos profissionais da área de saúde em relação ao fluxo do processo de tecnovigilância. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo mostra a importância da conscientização dos profissionais da saúde para a efetiva participação nas ações de tecnovigilância, pois essas buscam promover maior segurança para os pacientes. Também é nítida a necessidade de investimentos em educação permanente de pessoal e simplificação dos processos de notificação e avaliação, visando facilitar, estimular e integrar o uso desse sistema na rotina institucional.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnovigilância; Farmacêutico; Farmácia hospitalar.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no programa PIBIC.

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