AVALIAÇÃO DA DISMETRIA FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS PÓS-AVE SUBMETIDOS AO TRATAMENTO DE NEUROMODULAÇÃO RADIO ELECTRIC ASYMMETRIC CONVEYER
INTRODUÇÃO: O acidente vascular encefálico (AVE) se trata de uma lesão neural resultante da interrupção do suprimento e fluxo sanguíneo ao cérebro, capaz de provocar diversas sequelas no indivíduo afetado como por exemplo, a marcha e os movimentos dos membros, a linguagem, a alimentação, a função cognitiva, assim impactando diretamente no âmbito profissional e pessoal do indivíduo. A sobrecarga dos mecanismos alostáticos, indicando estresse ambiental, pode se manifestar pela ausência de simetria bilateral perfeita, conhecida como assimetria flutuante. Sendo assim, o termo dismetria funcional refere-se a um padrão de movimento adaptativo, influenciado por alterações funcionais no cerebelo e nos circuitos neurais, causadas por esse estresse ou sobrecarga ambiental. Nesse contexto, a tecnologia Radio Electric Asymmetric Conveyer (REAC) surge como uma promissora terapia, desenvolvida para ajudar no reequilíbrio dos campos elétricos endógenos. OBJETIVOS: Esta pesquisa visa avaliar o efeito do tratamento de neuromodulação Radio Electric Asymmetric Conveyer (REAC) na dismetria funcional de indivíduos pós-AVE. MATERIAIS E MÉTODO: A primeira etapa do projeto de pesquisa foi realizada na forma de revisão bibliográfica por Francisco Limongi de Figueiredo, bolsista anterior que atualmente não está mais responsável pelo tema da Dismetria Funcional do presente projeto, com o objetivo de elaborar a contextualização e fundamentação teórica para que se justifique o desenvolvimento do estudo. Os temas da revisão foram centrados em três eixos: Acidente Vascular Encefálico (AVE), Dismetria Funcional (DF) e Radio Electric Asymmetric Conveyer (REAC) – assim sendo possível abranger a população, a disfunção e tecnologia utilizados neste estudo. Para a busca de artigos científicos, foram utilizados os bancos de dados PubMed, Scielo e PEDro. Para o primeiro tema, foram empregadas as palavraschave ‘cerebrovascular accident’ e ‘stroke’, e foram incluídos artigos que envolviam o AVE em um dos seus seguintes aspectos: (i) tipos e classificações, (ii) etiologia e (iii) sequelas mais comuns. RESULTADOS: Dentre os 49 participantes restes 26 fizeram parte do grupo intervenção, recebendo na metade da coleta o procolo NOP REAC, e 23 do grupo controle que passaram pelo efeito placebo de receber a intervenção, evitando assim viés no resultado dos testes de dismetria, EEB, TUG e baropodometria. No grupo intervenção 13 atingiram o resultado esperado pela pesquisa, onde o sinal do teste de dismetria desaparece após a aplicação do protocolo NOP REAC, representando assim uma efetividade de 50%. Já no grupo controle coincidentemente 13 participantes também apresentaram sinal de dismetria negativo após a aplicação placebo do protocolo NOP REAC, sendo assim uma taxa de aproximadamente 56%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em sumo, o uso do protocolo NPO REAC não se provou efetivo para o desaparecimento da DF em pacientes pós-AVE, apresentando uma eficácia de apenas 50%, ainda que sem fortes fontes de sustentação, considerando que o grupo controle apresentou também uma taxa similar (56%) de desaparecimento do sinal de DF avaliado após intervenção placebo.
PALAVRAS-CHAVE: Acidente Vascular Encefálico; Radio Electric Asymmetric Conveyer; Dismetria Funcional.
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