LEIBNIZ E A CONCEPÇÃO TRIPARTITE DE MAL
INTRODUÇÃO: A presente pesquisa apresenta perspectivas relacionadas à definição leibniziana de mal, aprofundando-se, sobretudo, em sua concepção tripartite (metafísico, moral e físico) e em conceitos interligados a esta, como fatum stoïcum, liberdade e pecado, noções fundamentais para responder ao questionamento proposto pela pergunta norteadora da pesquisa: qual a definição tripartite de mal apresentada por Leibniz nos Ensaios de Teodiceia? OBJETIVOS: O objetivo geral consistiu em analisar a tripartição do mal em Leibniz: metafísico, moral e físico. Acrescidos a esse objetivo, estiveram presentes os seguintes objetivos específicos: a) explorar a relação entre os conceitos de liberdade e necessidade; b) compreender o mal metafísico como inerente ao homem; e c) analisar o pecado (mal moral) como a causa do mal físico. MATERIAIS E MÉTODO: Para o desenvolvimento da pesquisa, foi empregado o método de revisão de literatura, visando, por meio de leitura, fichamento e revisão de texto, tanto da literatura primária, com a análise da obra Ensaios de Teodiceia, de Leibniz, quanto da literatura secundária, construir interpretações e reflexões como um caminho para o desenvolvimento dos objetivos propostos. RESULTADOS: Os resultados foram distribuídos em três subseções. A primeira (A relação entre os conceitos de liberdade e necessidade), apresenta uma análise referente aos conceitos de raciocínio preguiçoso, fatum stoïcum, necessidade do destino e liberdade do homem, bem como uma introdução à concepção tripartite de mal. A questão do mal metafísico, abordada na segunda seção (O mal metafísico como inerente ao homem), concentrou-se em discutir a imperfeição da matéria e da essência humana, conceitos fundamentais para o entendimento da última subseção (O pecado (mal moral) como a causa do mal físico), que desenvolveu uma relação entre o pecado e os males físicos, assim como a noção de “um meio para um fim”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio das análises realizadas, foi possível concluir que Leibniz não desenvolve uma definição unívoca de mal, mas sim uma definição tripartite, analisando a questão do mal a partir de três categorias: o mal metafísico como a causa primeira do mal ao homem; o mal moral como um constituinte da própria imperfeição inerente à essência humana (imperfeita e livre), que faz do homem um ser suscetível a cometer enganos; e o mal físico, por sua vez, como um meio de correção do mal moral.
PALAVRAS-CHAVE: Leibniz; Deus; Mal; Liberdade; Imperfeição.
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