ELABORAÇÃO DE UMA NARRATIVA CIENTÍFICA SOBRE A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
INTRODUÇÃO: A forma como a ciência é ensinada nas escolas, especialmente em matérias de exatas, tende a reproduzir uma imagem neutra, exata e descontextualizada da produção do conhecimento científico. Esse modelo ignora os contextos históricos, filosóficos e sociais que moldaram o nascimento da ciência moderna durante a Revolução Científica, entre os séculos XVI e XVII. Tal cenário reforça a necessidade de romper com a racionalidade técnica dominante e recuperar uma abordagem crítica e humanizadora da ciência. OBJETIVOS: Investigar as implicações históricas e epistemológicas da Revolução Científica na construção do ensino de Física, refletindo sobre como seus paradigmas influenciam as práticas escolares atuais e propondo caminhos para uma abordagem mais crítica, contextualizada e formativa. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida com base em revisão bibliográfica interdisciplinar, reunindo obras de história da ciência, filosofia e educação, além de documentos curriculares oficiais. O produto final consistiu na criação de um site educacional com seções temáticas ¬¬¬(História e Sociedade, Cientistas, Conceitos, Obras, Curiosidades, e Artigos Autorais), integrando conteúdos científicos e reflexões autorais voltadas à divulgação científica crítica. RESULTADOS: A sistematização dos materiais revelou que a ciência moderna foi forjada em meio a intensos conflitos religiosos, disputas de poder e transformações culturais, sendo profundamente marcada por valores como universalidade, exatidão e previsibilidade. No ensino de Física, tais valores ainda orientam uma prática pedagógica centrada na memorização de fórmulas e na abstração dos fenômenos. Ao reconstruir o passado científico com base em seus contextos, o site desenvolvido favoreceu a articulação entre conteúdo disciplinar e consciência histórica, permitindo ao estudante perceber a ciência como construção humana marcada por interesses, rupturas e controvérsias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados apontam que o resgate histórico-filosófico da Revolução Científica pode ampliar a compreensão crítica da Física escolar, desnaturalizando sua aparência técnica e promovendo a formação cidadã. O projeto reforça o papel da educação científica como espaço de reflexão ética, política e epistemológica, em que o estudante deixa de ser um mero receptor de conteúdos e passa a se reconhecer como sujeito do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de física; Revolução Científica; Epistemologia; História da Ciência; Formação Crítica.
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