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ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO

TARASIEWICH, Nina Flora Thomaz ¹; ALBANESE, Silvia Paulino Ribeiro ²
Colégio do(a) estudante: Colégio Marista Londrina
Supervisor(a): Luciana Andreia Lasaro Mangieri
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno mental que afeta mulheres após o parto, sendo mais comum entre a quarta e a oitava semana, podendo durar mais de um ano. Seus sintomas incluem tristeza, ansiedade, irritabilidade, fadiga, distúrbios alimentares e de sono, além de preocupações excessivas com o bebê e dificuldade de vínculo. Fatores como gravidez complicada, instabilidade familiar e conflitos conjugais contribuem para seu desenvolvimento. O diagnóstico é realizado por psiquiatras e psicólogos, com papel essencial dos enfermeiros na identificação precoce. O tratamento envolve psicoterapia, medicamentos, abordagens hormonais e, em casos graves, eletroconvulsoterapia. Estratégias como psicoterapia interpessoal, terapias cognitivas e farmacológicas têm demonstrado bons resultados. OBJETIVOS: Analisar os fatores de risco para depressão pós-parto em gestantes de alto risco, destacando a importância da conscientização e do diálogo para garantir apoio adequado durante a gestação e o pós-parto. MATERIAIS E MÉTODO: Para alcançar os objetivos da pesquisa sobre depressão pós-parto, foram realizadas leituras orientadas, iniciando pelos artigos “Depressão pós-parto: revisão da literatura” e “Aspectos dos transtornos mentais comuns ao puerpério”. Esses textos serviram como base para a busca de outras referências acadêmicas no Google Acadêmico, que fundamentaram o desenvolvimento inicial do projeto. RESULTADOS: A depressão pós-parto (DPP) pode ser desencadeada por fatores como conflitos conjugais, falta de apoio, histórico familiar de depressão, gravidez não planejada, violência doméstica e dificuldades financeiras. O reconhecimento desses fatores é essencial para ações preventivas e encaminhamento precoce.Os sintomas da DPP são mais intensos e duradouros que os do “baby blues”, incluindo tristeza profunda, choro frequente, ansiedade, irritabilidade, insônia, isolamento e pensamentos autodestrutivos. Esses sinais surgem nas primeiras semanas após o parto e podem se intensificar nos primeiros seis meses.O diagnóstico é baseado nos critérios do DSM-V e realizado por psiquiatras e psicólogos. Enfermeiros têm papel fundamental na identificação precoce, embora ainda haja falta de preparo na atenção básica.O tratamento varia conforme a gravidade e pode incluir psicoterapia, antidepressivos e eletroconvulsoterapia. As abordagens mais eficazes são a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Psicoterapia Interpessoal (PIT) e o uso de ISRSs.A DPP pode afetar gravemente a relação mãe-bebê, causar problemas conjugais, atrasos no desenvolvimento infantil e sofrimento psíquico, incluindo risco de suicídio. Mesmo em casos leves, a ausência emocional da mãe pode prejudicar o bem-estar da criança. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A depressão pós-parto é uma condição complexa que exige análise dos fatores de risco para orientar ações eficazes de prevenção e intervenção. A atuação interdisciplinar é essencial, com destaque para o enfermeiro na identificação precoce dos sintomas e na promoção de cuidados que considerem o contexto emocional, familiar e social da mulher. O suporte contínuo e ações educativas, guiadas por escuta ativa e sensível, contribuem para um cuidado mais humanizado. Apesar de sua alta incidência, a DPP ainda é pouco discutida socialmente, sendo silenciada por preconceitos. Ampliar o debate público e reconhecer a DPP como uma questão legítima de saúde mental é fundamental para garantir acolhimento e apoio às mulheres.

PALAVRAS-CHAVE: Depressão pós-parto; Fatores de risco; Gravidez na adolescência; Adolescência; Puerpério.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC Jr.

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