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A VELHICE E A MORTE EM SCHOPENHAUER E FREUD

FERNANDES, Maria Fernanda ¹; FONSECA, Eduardo Ribeiro da ²
Curso do(a) Estudante: Psicologia – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): Filosofia – Escola de Educação e Humanidades – Câmpus Curitiba

INTRODUÇÃO: A reflexão filosófica sobre a velhice e a finitude, presente desde a antiguidade sustenta que pensar a morte é condição para viver bem, mas a experiência clínica revela que a velhice costuma ser vivida como surpresa e a morte mantida à distância até o declínio corporal e a redução visível do tempo. Na filosofia de Schopenhauer, encontramos uma metáfora que descreve esse momento como o instante em que, ao “descer a colina” da vida, a morte finalmente se torna visível; Freud, por sua vez, não desenvolveu uma metapsicologia da velhice e chegou a considerá-la um obstáculo à psicanálise, reforçando uma visão marcada por perda e declínio. Esta dissertação investiga como Schopenhauer e Freud concebem a velhice em relação à vida e à morte, analisando o vínculo teórico entre ambos, fundado na centralidade do sofrimento, a questão pulsões [Triebe] e da complementaridade entre vida e morte, bem como suas divergências: enquanto Freud preserva a fragilidade do ego, Schopenhauer vislumbra na velhice uma possibilidade de amadurecimento e superação do egoísmo, aproximando a aceitação da morte de uma forma de sabedoria. OBJETIVOS: O objetivo geral é descrever a compreensão de morte e velhice nas obras de Schopenhauer e Freud. Os objetivos específicos incluem identificar os conceitos de morte e velhice em suas filosofias, comparar suas ideias sobre finitude e envelhecimento, e articular as abordagens filosófica e psicanalítica sobre a elaboração da finitude. MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa é qualitativa e se baseia em uma revisão narrativa da literatura. As etapas incluem definição do tema, levantamento bibliográfico, seleção de fontes, leitura transversal das obras e sistematização das informações. As fontes principais são as obras publicadas de Schopenhauer e Freud, analisadas criticamente para identificar convergências e divergências em suas concepções de velhice. RESULTADOS: A pesquisa está em conformidade com o cronograma. As etapas realizadas incluem revisão de literatura, organização das informações, desenvolvimento dos capítulos da dissertação e elaboração do relatório de acompanhamento. A dissertação está estruturada em duas seções principais: a velhice na filosofia de Schopenhauer e a velhice na psicanálise de Freud. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Até o momento investigação permitiu compreender que, embora Schopenhauer e Freud compartilhem a centralidade da finitude, do sofrimento e da relação oposta e complementar entre vida e morte, apresentam algumas divergências quanto ao estatuto da velhice. Em Freud, a ausência de uma metapsicologia específica e a consideração da idade avançada como obstáculo técnico sustentam uma visão predominantemente associada à perda, ao declínio e à limitação da plasticidade psíquica. Já Schopenhauer, partindo de sua metafísica da vontade, concebe a velhice como etapa natural e significativa do processo existencial, ainda que implique um declínio que decorre do conflito entre o intelecto e a vontade. A análise comparativa evidencia que a articulação entre filosofia e psicanálise, nesse campo, amplia a compreensão da velhice para além do paradigma degenerativo, apontando-a também como ocasião para elaboração psíquica e ressignificação da existência diante da morte.

PALAVRAS-CHAVE: Velhice; Morte; Schopenhauer; Freud.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador
Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBIC Master.

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