AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE IMUNOMODULAÇÃO DAS VESÍCULAS EXTRACELULARES OBTIDAS DO SECRETOMA DAS CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS
Introdução: As vesículas extracelulares (VE) derivadas das células-tronco mesenquimais (CTM) têm se destacado como candidatas promissoras para aplicações terapêuticas, especialmente na imunomodulação de processos inflamatórios. A fabricação de produtos biológicos a partir das VE derivadas das CTM, exige a padronização dos métodos de produção e controles de qualidade relacionados a funcionalidade. Ensaios funcionais como a imunomodulação, garantem a eficácia dos produtos à base de CTM-VE. Desta forma, a padronização e validação destes ensaios são essenciais para utilização das VE na medicina regenerativa. Objetivos: Avaliar o potencial de imunomodulação das CTM-VE obtidas do cordão umbilical (TCU) que poderão ser utilizadas na fabricação de produtos biológicos para tratamento de pacientes com doenças inflamatórias. Materiais e método: As CTM-TCU foram cultivadas, submetidas ou não ao priming com IFN-γ, e o secretoma foi coletado e processado para isolamento das VE em três concentrações (1, 10 e 50 µg/mL). A funcionalidade imunomoduladora das VE foi avaliada por meio de ensaio de co-cultura com linfócitos T ativados, mensurando-se a inibição da proliferação celular por citometria de fluxo. Resultados: Os resultados demonstraram que as VE foram capazes de inibir a proliferação de linfócitos T em todas as condições testadas, apresentando variações entre as amostras. Algumas amostras demonstraram efeito dose-dependente, no qual o aumento da concentração de VE resultou em maior inibição da proliferação; no entanto, na maioria das amostras houve o efeito platô, onde as concentrações mais elevadas não promoveram aumentos da resposta imunossupressora. Além disso, o priming das CTM com IFN-γ, na concentração utilizada, não aumentou o efeito imunomodulador das VE. Considerações finais: As VE derivadas das CTM-TCU possuem potencial imunomodulador, mesmo sem estímulo prévio, e que a concentração de 10 µg/mL mostrou-se adequada para ensaios funcionais. A variabilidade entre doadores reforça a importância da padronização e validação dos protocolos para uso clínico das VE como produtos biológicos.
Palavras-chave: Terapia celular; Citocinas inflamatórias; Inibição de proliferação; Produtos biológicos; Vesículas Extracelulares.
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