DESENVOLVIMENTO DE UMA PLACA ISOLANTE TÉRMICA MANUFATURADA A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
Introdução: O descarte inadequado de resíduos plásticos, aliado ao desconhecimento da população sobre reciclagem, agrava a poluição ambiental e demanda ações urgentes por parte do setor público e privado. A indústria da beleza, uma das que mais cresce no Brasil, contribui significativamente para a geração de resíduos, especialmente embalagens plásticas e materiais químicos. A ausência de gerenciamento adequado intensifica os impactos ambientais e de saúde pública. Objetivos: A proposta deste trabalho é o desenvolvimento de uma placa de isolamento térmico de baixo custo, utilizando resíduos poliméricos provenientes do recorte de bisnagas descartadas por uma indústria de cosméticos no Paraná. Materiais e método: Foram utilizadas rebarbas plásticas cedidas, previamente higienizadas, e moldadas em três matrizes: poliuretano flexível, poliéster e plastisol. Em cada resina, os corpos de prova foram produzidos com e sem a adição do resíduo, em duas configurações: distribuído e entrelaçado. Os materiais foram preparados em moldes específicos e curados conforme as características de cada resina, com controle de temperatura e tempo. O reforço foi adaptado em tiras ou mantido fixo com fita para garantir distribuição uniforme, permitindo análises comparativas nos ensaios mecânicos. Resultados: A adição de resíduo industrial influenciou significativamente o desempenho mecânico das matrizes poliméricas avaliadas, sendo a disposição entrelaçada a mais eficiente para melhorar a interação matriz–reforço. Resinas mais flexíveis (poliuretano e Pastisol) mostraram maior tolerância à presença do resíduo, enquanto a resina de poliéster apresentou maior sensibilidade às descontinuidades Considerações finais: A proposta foi alcançada, demonstrando que é possível fabricar uma placa de isolamento térmico com resíduos industriais, desde que haja compatibilidade entre matriz e reforço. A resina flexível obteve os melhores resultados, seguida pelo plastisol em condições específicas. A poliéster apresentou desempenho inferior, indicando menor adequação. O estudo reforça o potencial do reaproveitamento de resíduos poliméricos e sugere melhorias futuras, como uso de aditivos e tratamentos para ampliar a aderência e o desempenho mecânico do material.
Palavras-chave: Isolamento térmico; Resíduos plásticos; Sustentabilidade; Polímeros reciclados; ESG.
Para validarmos seu voto, por favor, preencha os campos abaixo. Alertamos que votos duplicados ou com CPF inválido não serão considerados.