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QUALIDADE DE SEMENTES DE CANOLA SUBMETIDAS AO CONDICIONAMENTO FISIOLÓGICO

CORTES, Maria Eduarda Saladini ¹; KAEFER, Joao Edson ²
Curso do(a) Estudante: Agronomia – Câmpus Toledo –
Curso do(a) Orientador(a): Agronomia – Câmpus Toledo

Introdução: A canola (Brassica napus L.) é uma oleaginosa de alto valor econômico utilizada na produção de óleo, biodiesel, ração e forragem. Suas sementes pequenas tornam a fase inicial de germinação um desafio, exigindo uniformidade na emergência para garantir produtividade. A qualidade fisiológica, especialmente o vigor, é determinante no desempenho inicial das plântulas e influencia diretamente a produtividade. Devido à baixa reserva energética da canola, o uso de sementes de alto vigor é essencial. O condicionamento fisiológico tem se destacado como estratégia para melhorar o processo germinativo, ativando o metabolismo sem permitir a protrusão radicular. Esse método ajuda a reduzir o tempo de emergência e os efeitos de estresses ambientais. No entanto, a taxa de embebição é um fator crítico, pois a absorção rápida de água pode danificar as membranas celulares. Assim, compreender a dinâmica de embebição da canola é essencial para protocolos eficientes. Objetivos: Avaliar a qualidade de sementes de canola submetidas ao condicionamento fisiológico. Materiais e método: O experimento foi conduzido no Laboratório de Tecnologia de Sementes da PUCPR, em Toledo. Utilizaram-se três genótipos de canola (Nuseed, Diamond e Nuola 300), com quatro repetições em delineamento inteiramente casualizado. Foram realizados testes de teor de água, germinação, emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência (IVE). O teor de água foi avaliado pelo método da estufa a 105 °C por 24h. A germinação foi conduzida em papel germitest umedecido, a 20 °C com fotoperíodo de 8h. O teste de emergência foi feito em bandejas com substrato e irrigação diária. A taxa de embebição foi mensurada por pesagens a cada duas horas até a protrusão da radícula. O condicionamento fisiológico foi realizado por hidrocondicionamento, a 20 °C. As sementes foram armazenadas por 0, 30, 60 e 90 dias. Após esses períodos, foram novamente avaliadas quanto à germinação e vigor. Resultados: A análise de variância indicou que houve interação significativa entre condicionamento fisiológico e genótipos para GER, EP, IVE e TF. O condicionamento isoladamente afetou MMS, GER, EP e IVE, enquanto os genótipos influenciaram UBS, MMS e TF. O genótipo Hyola 117 apresentou maior massa de mil sementes (7,23 g), enquanto os demais mostraram menor peso. As diferenças físicas entre genótipos não resultaram em diferenças estatísticas para emergência e velocidade de emergência. O condicionamento elevou a MMS no tempo zero, mas não alterou significativamente o teste de frio. Em todos os tratamentos, TF manteve-se acima de 90%, demonstrando tolerância térmica. Observou-se aumento da emergência e IVE principalmente aos 60 dias. A germinação caiu em alguns tratamentos, especialmente no Nuola 300. Hyola 117 mostrou maior estabilidade fisiológica ao longo dos condicionamentos testados. Considerações finais: Conclui-se que o condicionamento fisiológico é uma técnica eficaz para melhorar o desempenho inicial de sementes de canola, especialmente em relação à emergência e ao vigor. Os efeitos positivos foram mais evidentes após 60 dias de armazenamento, variando conforme o genótipo. O híbrido Hyola 117 destacou-se com melhores resultados gerais. A germinação manteve-se satisfatória e o teste de frio indicou boa tolerância ao estresse térmico. Portanto, o uso do condicionamento pode ser recomendado como prática pré-germinativa para canola.

Palavras-chave: Vigor; Germinação; Embebição.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador

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