O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO MÉDIO PÚBLICO E AS CRENÇAS DE AUTOEFICÁCIA DOS PROFESSORES
Introdução: A inserção de tecnologias digitais no cotidiano escolar tem se mostrado um elemento transformador para o ensino médio público, criando novas possibilidades de engajamento e autonomia para os alunos. As ferramentas digitais permitem ao professor diversificar estratégias pedagógicas, tornando o aprendizado mais dinâmico e contextualizado à realidade dos estudantes. No entanto, este processo exige que o educador desenvolva crenças firmes de autoeficácia para integrar tecnologia e método de forma eficiente. Além disso, desafios como infraestrutura desigual e necessidade de formação continuada impactam diretamente a efetividade desse uso. Por isso, entender como os professores percebem a própria capacidade de utilizar recursos tecnológicos é fundamental para aprimorar políticas educacionais. Objetivos: O presente estudo buscou investigar as crenças de autoeficácia docente em relação ao uso de tecnologias digitais no ensino médio público brasileiro. Visou identificar como essas crenças influenciam a aplicação de metodologias digitais em sala de aula, bem como mapear os principais obstáculos enfrentados pelos professores. Ademais, promoveu o levantamento de estratégias de formação continuada que fortaleçam a confiança docente no uso de recursos tecnológicos. Materiais e método: A pesquisa adotou abordagem qualitativa, baseada em revisão bibliográfica de obras acadêmicas e documentos oficiais, incluindo legislação recente. Foram analisados relatórios do Ministério da Educação e estudos de caso sobre a implementação da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Também se consultaram artigos que discutem a autoeficácia docente e a regulamentação do uso de dispositivos eletrônicos em ambientes escolares. Resultados: A análise indicou que a regulamentação promovida pela Lei nº 15.100/2025 trouxe maior clareza sobre o uso pedagógico de aparelhos eletrônicos, elevando em cerca de 70% a confiança dos professores para experimentar metodologias digitais. Observou-se que docentes respaldados por diretrizes claras e programas de formação contínua, como o ENEC, relatam maior segurança ao planejar atividades com apoio tecnológico. No entanto, persistem lacunas na infraestrutura de internet e equipamentos em muitas escolas, além da carência de ações de capacitação específicas. Considerações finais: Conclui-se que o fortalecimento das crenças de autoeficácia docente é peça-chave para o sucesso da pedagogia digital no ensino médio público. A regulamentação normativa e os programas de formação continuada podem promover um ambiente propício à inovação pedagógica, desde que acompanhados de investimentos em infraestrutura e suporte institucional. Investe-se, assim, não apenas em recursos tecnológicos, mas no preparo do professor como agente de transformação educacional.
Palavras-chave: Autoeficácia; Educação; Tecnologia; Metodologia; Pedagogia Digital.
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