PARÂMETROS PARA A REALIZAÇÃO DOS TESTES DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA E ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE CANOLA
Introdução: Para maximizar a produção produção da canola, é essencial garantir a qualidade fisiológica das sementes, que envolve viabilidade e vigor. Métodos como o teste de condutividade elétrica (CE) e envelhecimento acelerado (EA) são amplamente utilizados para mensurar o vigor. A CE avalia a integridade das membranas celulares pela quantidade de eletrólitos liberados, enquanto o EA simula deterioração por calor e umidade. Porém, parâmetros específicos para a canola ainda não são bem definidos. Dúvidas sobre tempo de embebição, volume de água, temperatura e duração do EA são recorrentes. A padronização dessas metodologias pode otimizar a análise fisiológica das sementes. Assim, este trabalho busca estabelecer esses parâmetros com foco na eficiência e aplicabilidade em laboratório. Objetivos: Estabelecer parâmetros para a realização dos testes de condutividade elétrica e envelhecimento acelerado em sementes de canola. Materiais e método: O estudo foi conduzido no Laboratório de Tecnologia de Sementes da PUCPR – Toledo, com três genótipos de canola: Nuseed Diamond, Nuola 300 e Hyola 117. Avaliou-se a qualidade fisiológica por meio de testes de teor de água, germinação, emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência. Para o teste de condutividade elétrica, aplicou-se um fatorial 2×4 com dois genótipos e quatro tempos de embebição (6, 12, 18 e 24h), e, para o envelhecimento acelerado, utilizou-se fatorial 2×3 com dois períodos (48 e 72h) e três temperaturas (39, 41 e 43°C). A análise estatística foi realizada com ANOVA e teste de Tukey. A CE seguiu o método massal, e o EA foi conduzido com solução salina em BOD. As sementes foram testadas após envelhecimento quanto à germinação. Os dados fornecem subsídios para padronização dos testes. Os resultados foram discutidos em termos de vigor, integridade celular e estabilidade térmica. As análises mostraram diferenças entre os genótipos e condições testadas. Resultados: Inicialmente, observou-se diferença significativa entre os genótipos para umidade, massa de mil sementes (MMS) e germinação (GER), com destaque para o genótipo Nuola 300. No teste de condutividade elétrica, Nuola 300 apresentou menor liberação de eletrólitos, indicando maior vigor. O tempo de embebição de 12h foi o mais adequado, por garantir reativação sem comprometer a integridade celular. No teste de envelhecimento acelerado, observou-se queda no vigor com o aumento do tempo de exposição, sendo 48h o período mais eficaz para distinguir a qualidade dos lotes. Em relação à temperatura, 41 °C proporcionou os melhores resultados de distinção sem comprometimento total da germinação. Os dados confirmam que o vigor das sementes pode ser eficientemente estimado com CE e EA sob parâmetros otimizados. A ausência de interação significativa em algumas análises reforça a padronização de métodos. O estudo evidencia a aplicabilidade das metodologias e sua utilidade para controle de qualidade de sementes de canola. Considerações finais: Foram definidos parâmetros eficazes para avaliar a qualidade fisiológica de sementes de canola. O tempo de embebição ideal foi de 12 horas para o teste de condutividade elétrica, e 41°C por 48 horas para o envelhecimento acelerado. Esses métodos favorecem a padronização e a confiabilidade na análise de sementes. Recomenda-se aplicá-los em outras cultivares e testar técnicas complementares.
Palavras-chave: Qualidade fisiológica; Germinação; Vigor.
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