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VARIANTES POLIMÓRFICAS NO GENE MIRNA125A E SUA INFLUÊNCIA NA FISIOPATOLOGIA DA MIGRÂNEA

AZI, Pietra Morais ¹; FREDERICO, Regina Celia Poli ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

Introdução: A migrânea é uma cefaleia primária complexa e altamente incapacitante, com impacto significativo na população brasileira e mundial. Sua etiologia ainda não é bem esclarecida, e sua fisiopatologia envolve inflamação neurogênica, ativação do gânglio trigeminal e liberação de substâncias como o CGRP. Nesse contexto, miRNAs surgem como promissores marcadores biológicos, por estarem relacionados à inflamação e à regulação do CGRP, além da hipótese de que um polimorfismo no gene miRNA-125a possa contribuir para o desenvolvimento ou forma clínica da doença. As manifestações clínicas são amplas e variadas, e o diagnóstico é exclusivamente clínico, sem exames específicos confirmatórios, o que dificulta a precisão diagnóstica e o tratamento adequado. Objetivos: nvestigar as implicações de marcadores moleculares no perfil de suscetibilidade e nos desfechos clínicos da migrânea, por meio da análise da associação entre o polimorfismo rs12975333 do miRNA-125a e manifestações clínicas e atividade da doença. Materiais e método: O estudo incluiu indivíduos com migrânea episódica e/ou crônica, com ou sem aura, e participantes sem a doença (grupo controle), de ambos os sexos, entre 18 e 60 anos. Foram excluídos indivíduos com doenças neurológicas, psiquiátricas, inflamatórias crônicas ou infecções agudas. Após consulta de rotina, os participantes responderam a entrevista com dados demográficos, sintomas, critérios diagnósticos, manifestações clínicas, fatores desencadeantes, hábitos de vida, comorbidades, vícios, dados antropométricos, pressão arterial e questionários autoaplicáveis (MIDAS, HIT-6, IDATE 1 e 2, e Inventário de Beck). A coleta de sangue periférico e saliva foi realizada no ambulatório de especialidades da PUCPR e em clínica de neurologia, totalizando 100 amostras de pacientes e 100 de controles. Destas, 44 foram selecionadas para análise de variáveis, sendo que 42 (21 migrânea e 21 controle) foram submetidas à genotipagem do polimorfismo rs12975333 do gene miRNA-125a, por PCR. A análise estatística foi realizada no software SPSS v.17.0, com nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Entre as 44 amostras analisadas, as variáveis significativamente associadas à migrânea foram o sexo feminino (100% no grupo migranoso; p=0,003) e a presença de hipertensão arterial (p=0,040). No grupo com migrânea (n=23), os sintomas mais prevalentes foram fotofobia (87,0%), fonofobia (82,6%), náuseas e vômitos (65,2%), além de pródromo e pósdromo (65,2%). Quanto ao subtipo clínico, 60,9% apresentaram migrânea episódica. Todas as 42 amostras válidas exibiram o mesmo genótipo homozigoto comum. Considerações finais: Não foi identificada variabilidade genotípica no polimorfismo analisado, impossibilitando sua associação com a migrânea. O estudo, entretanto, contribui para o mapeamento genético da doença e reforça a importância de amostragens ampliadas. A análise clínica mostrou consistência com achados prévios, conferindo confiabilidade à amostra e auxiliando na caracterização da migrânea a nível local. Futuras pesquisas nesse campo são fundamentais e devem incorporar abordagens epigenéticas e funcionais para esclarecer o papel do miRNA-125a na fisiopatologia da migrânea.

Palavras-chave: Transtornos de Enxaqueca; Cefaleia; MicroRNA; Genética Humana; Inflamação.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBITI Jr.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador

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