PAISAGEM HUMANIZADA: DA TEORIA À PRÁTICA TECNOLÓGICA E INOVADORA EM CIDADES PARANAENSES

Introdução: O contexto deste trabalho é relacionado à humanização de urbes contemporâneas e à problemática decorrente de relações entre espaços públicos e crises urbanísticas, inclusive sanitárias. As justificativas para a sua elaboração repousam, sobretudo, na insuficiência de estudos científicos e de propostas de tecnologia e inovação voltadas à temática. Objetivos: Nesse enquadramento, seu objetivo geral é desenvolver soluções tecnológicas e inovadoras para cidades médias no Paraná. Materiais e método: Com caráter aplicado e combinação de métodos qualitativos e quantitativos, a investigação foi desenvolvida em três etapas, sendo a inicial, dirigida à fundamentação teórico-metodológica, suportada por técnicas exploratórias de levantamento de fontes secundárias em plataformas como Google Acadêmico, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), visando à sistematização de teorias, conceitos e métodos básicos para estruturação da pesquisa. A etapa subsequente – contextualização urbanístico-paisagística – foi embasada por técnicas exploratórias, descritivas e analíticas de levantamento de fontes secundárias relativas a contextos de cinco pontos vulneráveis nas áreas centrais das cidades médias paranaenses (Guarapuava, Paranaguá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais) previamente selecionadas como objetos de estudo, tratados em âmbitos técnico-tecnológicos e político-institucionais, complementados por conjunturas físico-territoriais, socioeconômicas e jurídico-legais. A etapa conclusiva – proposição tecnológico-inovadora – foi voltada ao desenvolvimento, inclusive gráfico, de soluções tecnológicas e inovadoras. Resultados: Como respostas ao questionamento central sobre quais são os aspectos indutores de transformação da teoria em prática tecnológica e inovadora naquelas cidades, os resultados analíticos de análise de vulnerabilidades revela que, embora cada uma possua suas particularidades, compartilham a maioria das demandas por vitalidade dos espaços públicos, os quais, em geral, compreendem áreas pouco vegetadas, com baixa acessibilidade e insuficiência de conservação e mobiliário que favoreçam a permanência das pessoas. As propostas realizadas, fundamentadas em casos de referência e articuladas com conceitos de cidade conectada, saudável e resiliente, incluem a adoção de postes inteligentes, pavimentação sensorizada, calçadas acessíveis, ciclovias, parklets, áreas verdes e dispositivos sustentáveis de captação de energia. Considerações finais: Conclui-se, então, que a aplicação de medidas pautadas em inovação e tecnologia, em conformidade com necessidades locais promovem a requalificação de áreas de uso comum, mobilidade ativa, gestão baseada em dados e valorização da paisagem, dentre outros aspectos, propiciando a conformação de cidades humanas, seguras, saudáveis e resilientes. Assim, validam a hipótese de que soluções tecnológicas e inovadoras aplicáveis à realidade possibilitam, por meio da conformação de cenários humanizados, a atenuação de adversidades locais.

Palavras-chave: Paisagem urbana; Humanização espacial; Soluções projetuais; Gestão pública; Cidades médias.