AVALIAÇÃO DE UM PROTÓTIPO DE VENTILAÇÃO INTELIGENTE EM EDIFICAÇÕES
Introdução: Sistemas de ventilação inteligente ajustam continuamente as taxas de fluxo de ar para manter níveis adequados de qualidade do ar interior, ao mesmo tempo em que buscam reduzir o consumo de energia e os custos operacionais. Essas tecnologias são especialmente relevantes em contextos que visam a eficiência energética e o conforto ambiental. Dado que a população passa aproximadamente 90% do tempo em ambientes fechados, torna-se essencial garantir um ambiente interno saudável, que favoreça o bem-estar, a produtividade e a redução de doenças relacionadas à má qualidade do ar. Objetivos: Este estudo tem como objetivo desenvolver um protótipo, em escala reduzida, de um sistema de ventilação inteligente e compará-lo com diferentes estratégias de ventilação em termos de renovação de ar e consumo de energia. Materiais e método: O experimento foi realizado em uma câmara de acrílico com um volume de 16 litros e um ventilador instalado em seu topo e uma abertura na base. Um fluxo contínuo de dióxido de carbono (CO2) foi introduzido no sistema e três sensores de baixo custo, posicionados em diferentes alturas, monitoraram continuamente a concentração de CO2 durante os testes. As estratégias avaliadas foram ventilação natural e ventilação mecânica por exaustão, seguindo os procedimentos descritos na norma ASTM D6245-24. Resultados: A análise das curvas de decaimento da concentração de CO2 revelou uma taxa de troca de ar de 0,2 h⁻¹ para a ventilação natural e de 28 h⁻¹ para a ventilação mecânica por exaustão, evidenciando a maior eficiência desta última em remover contaminantes internos. Considerações finais: O protótipo desenvolvido demonstrou ser eficaz para simular e comparar diferentes estratégias de ventilação em condições controladas. Os resultados iniciais reforçam a importância de sistemas mecânicos bem projetados para garantir a renovação adequada do ar, especialmente em ambientes com ocupação contínua. Estudos futuros buscarão aprimorar o protótipo e os protocolos de ensaio, incorporando novas estratégias de ventilação e avaliando outros poluentes, como o material particulado fino (PM2.5), além da integração com soluções de controle automatizado baseadas em Internet das Coisas (IoT).
Palavras-chave: Ventilação inteligente; Qualidade do ar interior; Protótipo físico; Dióxido de carbono; Sensor de baixo custo.
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