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ENSAIO DE DIGESTÃO IN VITRO PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA E ANTIMICROBIANA DE UM COMPLEXO BIOATIVO DE ORIGEM SUÍNA

TAQUES, Mariana Blanc ¹; COSTA, Leandro Batista ³; CATOIA, Mariana Regina Rosa ³; CATOIA, Mariana Regina Rosa ³; PEREIRA, Melody Martins Cavalcante ³; PEREIRA, Melody Martins Cavalcante ³; BEZ, Isabela Cristina Colaço ²
Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba
Curso do(a) Orientador(a): PPGCA – Escola de Medicina e Ciências da Vida – Câmpus Curitiba

Introdução: O desmame é uma das fases mais desafiadoras da produção suinícola, marcado por mudanças fisiológicas, alimentares e ambientais que comprometem a saúde intestinal dos leitões e os predispõem a infecções entéricas. Com a crescente necessidade de reduzir o uso de antibióticos melhoradores de desempenho (AMDs), alternativas vêm sendo estudadas. Entre elas, destaca-se a fosfatase alcalina intestinal (FAI), uma enzima com potencial modulador da microbiota e da inflamação intestinal. Objetivos: Conduzir uma revisão sistemática sobre metodologias de digestão in vitro aplicadas à nutrição de suínos, comparando-as com métodos in vivo, e avaliar, por meio de digestão simulada in vitro, a atividade enzimática e o efeito antimicrobiano de um complexo bioativo de origem suína (CBS), contendo FAI, lisozima, IgA e mucina nas formas microencapsulada e não microencapsulada contra Escherichia coli, Salmonella spp. e Lactobacillus spp.. Materiais e método: A revisão sistemática seguiu o protocolo PRISMA, utilizando as bases Scopus, PubMed e Web of Science, sem restrição de data, e critérios de elegibilidade definidos pelo método PICO. Foram incluídos 14 artigos originais que compararam digestão in vitro e in vivo em suínos. A extração de dados considerou características experimentais, metodologias utilizadas e parâmetros de digestibilidade. O risco de viés foi avaliado com a ferramenta Cochrane RoB 2. No experimento laboratorial, o CBS foi microencapsulado com óleo de palmiste visando proteção gástrica e liberação intestinal. A digestão simulada foi conduzida em duas fases (estomacal e intestinal), com inoculação de patógenos e contagem de unidades formadoras de colônias. A atividade da FAI foi mensurada por kit comercial e absorbância a 405 nm. Dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis seguido de Dunn (P < 0,05), utilizando o Statgraphics Centurion 19. Resultados: A revisão sistemática revelou alta heterogeneidade metodológica entre os estudos e ausência de padronização em parâmetros como pH, tempo de incubação e uso de reagentes, dificultando a comparação de resultados. A digestibilidade in vitro apresentou maior concordância com dados de digestibilidade fecal do que com dados ileais, mas a validade nutricional favorece o uso da digestibilidade ileal como referência. No experimento in vitro, o CBS microencapsulado apresentou maior atividade enzimática na fase intestinal e menor na estomacal, evidenciando proteção eficaz pela microencapsulação. Embora não tenham sido observadas diferenças estatísticas significativas em relação ao controle, o CBS microencapsulado reduziu numericamente as populações de E. coli e Salmonella spp. e apresentou menor impacto sobre Lactobacillus spp. que a forma não microencapsulada. Considerações finais: A revisão sistemática indica que metodologias de digestão in vitro têm potencial para estimar a digestibilidade em suínos, mas carecem de padronização para aumentar a reprodutibilidade e a comparabilidade entre estudos, especialmente no caso da digestibilidade ileal. O experimento in vitro mostrou que a microencapsulação do CBS protege a FAI no ambiente gástrico e favorece sua liberação no intestino, com potencial para modular a microbiota patogênica sem causar grande impacto sobre bactérias benéficas. Estudos adicionais são necessários para otimizar a formulação e confirmar a eficácia em condições práticas de produção.

Palavras-chave: Aditivos; Escherichia coli 3. FAI; Lactobacillus spp.; Salmonella spp.; Suinocultura.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa PUCPR no programa PIBITI Jr.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador

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