USO DA ULTRASSONOGRAFIA PARA DESENVOLVER FERRAMENTA PARA PREDIZER A DATA DE NASCIMENTO DE CORDEIROS
Introdução: A modernização da ovinocultura de corte exige a aplicação de tecnologias para aumentar a produtividade, sendo a predição da data do parto uma ferramenta essencial para otimizar o manejo reprodutivo. A ultrassonografia, além do diagnóstico gestacional, pode servir para estimar a idade do feto, por meio de medidas de estruturas fetais e embrionárias. Objetivos: Este estudo teve como objetivo desenvolver um modelo matemático para predizer a data de nascimento de cordeiros a partir da mensuração ultrassonográfica de estruturas embrionárias, fetais e placentárias em ovelhas. Materiais e método: Na etapa 1 do projeto, realizou-se o acompanhamento ultrassonográfico semanal em 15 ovelhas, desde o 20o ao 133o dia de gestação. Nestas avaliações, foram mensuradas a largura, altura e área internas e externas de placentomas, que foram incluídas como variáveis dependentes dos modelos matemáticos. Foram utilizados os modelos linear e quadrático para predizer a data de nascimento dos cordeiros (variável independente), ajustados por meio de regressão linear. A qualidade do ajuste foi definhada a partir do valor de R². Na segunda etapa, os mesmos parâmetros foram mensurados duas vezes em um grupo distinto de 25 ovelhas gestantes. As equações obtidas na etapa 1 foram aplicadas para predizer a data do parto. Esses resultados foram comparados com os valores reais. Resultados: Os resultados demonstraram que as medidas internas dos placentomas não apresentaram correlação linear ou quadrática com a idade gestacional, com valores de R² próximos de zero. As medidas externas (altura, largura e área) exibiram uma relação quadrática, embora com baixo coeficiente de determinação (R² entre 0,42 e 0,43), mostrando um pico de crescimento na 11ª semana de gestação, seguido por uma redução até o parto. A validação do modelo revelou erros de predição variando de 60 dias antes a 75 dias após a data real do parto. Considerações finais: Conclui-se que a mensuração dos placentomas em uma única avaliação é insuficiente para uma predição acurada. Contudo, a realização de dois exames com intervalo de sete dias pode fornecer uma estimativa mais confiável do estágio gestacional, ao permitir a análise da curva de crescimento ou regressão dos placentomas.
Palavras-chave: Ultrassonografia; Placentomas; Gestação; Predição; Ovinocultura.
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