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ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS POST MORTEM EM LINFONODOS SENTINELAS E MEDULA ÓSSEA DE GATOS POSITIVOS PARA FELV

BRUSTOLIN, Vitória Karine ¹; GARCIA, Flávia Alexandra ³; SCHORR, Bethânia Loise Roecker ³; SCHORR, Bethânia Loise Roecker ³; STRENSKE, Bruna Geovane ³; STRENSKE, Bruna Geovane ³; SILVA, Maria Vitória Kreutz ³; SILVA, Maria Vitória Kreutz ³; PAULY, Michelle Daiane ³; PAULY, Michelle Daiane ³; BRIDA, Laura Dalla ³; BRIDA, Laura Dalla ³; WILMSEN, Mauricio Orlando ²
Curso do(a) Estudante: Medicina Veterinária – Câmpus Toledo –
Curso do(a) Orientador(a): Medicina Veterinária – Câmpus Toledo

Introdução: A infecção pelo Vírus da Leucemia Felina (FeLV) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em gatos domésticos mundialmente. O vírus compromete tecidos hematopoiéticos e linfoides, como linfonodos sentinelas e medula óssea, impactando o sistema imunológico e a hematopoiese. Alterações histopatológicas nesses órgãos refletem a progressão da doença e influenciam o prognóstico dos animais infectados. Entre 2020 e 2025, diversos estudos vêm investigando essas alterações, porém com metodologias variadas, dificultando a consolidação dos dados. Objetivos: Realizar uma meta-análise dos achados histopatológicos em linfonodos sentinelas e medula óssea de gatos positivos para FeLV, publicados entre 2020 e 2025, buscando identificar padrões característicos, avaliar a extensão das lesões e sua relação com o estágio da infecção, contribuindo para aprimorar diagnóstico e prognóstico clínico. Materiais e método: Seguindo as diretrizes PRISMA, foram selecionados artigos originais publicados entre 2020 e 2025 em bases como PubMed, Scopus e Web of Science. Foram incluídos estudos que analisaram alterações histopatológicas em linfonodos e/ou medula óssea de gatos diagnosticados com FeLV por métodos sorológicos ou moleculares. A seleção foi realizada em três etapas independentes, e os dados extraídos incluíram características das amostras, tipos e intensidade das lesões, e correlações clínicas. A análise estatística utilizou modelos de efeitos fixos e aleatórios, considerando a heterogeneidade (I²), com softwares RevMan e R. A qualidade metodológica foi avaliada pela Newcastle-Ottawa Scale adaptada. Resultados: A meta-análise revelou que as alterações mais frequentes nos linfonodos sentinelas incluem hiperplasia folicular (65%), infiltração por células mononucleares (55%) e atrofia folicular (40%). Na medula óssea, mieloftise (50%) e mielofibrose (35%) foram predominantes, associadas à substituição do tecido hematopoiético por células neoplásicas ou fibrosas, explicando a anemia e citopenias observadas clinicamente. A infiltração neoplásica esteve presente em 45% dos casos, corroborando a ligação do FeLV com neoplasias hematológicas, como linfomas e leucemias. Houve forte correlação entre as alterações histopatológicas e manifestações clínicas como anemia, linfadenopatia, febre e perda de peso. A heterogeneidade dos dados sugeriu variações metodológicas e fases da doença, ressaltando a necessidade de padronização. Identificou-se ainda escassez de estudos longitudinais, limitando o entendimento da progressão temporal das lesões. Os resultados evidenciam uma resposta imune crônica nos linfonodos, refletida pela hiperplasia e infiltração celular, bem como a progressiva disfunção hematopoiética pela mieloftise e mielofibrose na medula óssea. A presença frequente de infiltração neoplásica reforça o papel oncogênico do FeLV. A correlação entre lesões histológicas e sinais clínicos fortalece a utilidade da histopatologia no prognóstico. A falta de estudos longitudinais destaca uma lacuna significativa para o avanço do conhecimento, recomendando-se pesquisas futuras que integrem avaliações clínicas, laboratoriais e histológicas ao longo do tempo. A padronização dos protocolos é essencial para comparabilidade e robustez dos dados. Considerações finais: Este estudo consolida o padrão consistente de alterações histopatológicas em linfonodos sentinelas e medula óssea de gatos com FeLV, que refletem o impacto sistêmico do vírus na imunidade e hematopoiese, associando-se às manifestações clínicas graves. A histopatologia se mostra ferramenta crucial para diagnóstico e prognóstico, mas é necessária a realização de estudos longitudinais padronizados para melhor compreensão da evolução da doença e aprimoramento das estratégias clínicas.

Palavras-chave: Felino Leucemia Virus (FeLV); Alterações histopatológicas; Linfonodos sentinelas; Medula óssea; Meta-análise.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida na modalidade voluntária no programa PIBITI.
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador

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