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AVALIAÇÃO DO PERFIL DE PACIENTES COM HISTÓRICO DE NÃO ADESÃO TERAPÊUTICA COM ANTIDEPRESSIVOS

CAMARGO, Bruna Gomes de ¹; FERNANDES, Karen Barros Parron ²
Curso do(a) Estudante: Medicina – Câmpus Londrina –
Curso do(a) Orientador(a): Medicina – Câmpus Londrina

Introdução: A depressão afeta milhões de pessoas no mundo e está muito associada a incapacidades. Assim, avaliar o perfil de pacientes que buscam tratamento e também analisar sua qualidade de vida apresenta grande relevância. Objetivos: Caracterizar o perfil de pacientes com busca espontânea para tratamento depressivo em ambulatório acadêmico determinar o perfil de adesão terapêutica em pacientes com acompanhamento clínico para depressão. Materiais e método: Foi realizada a triagem para avaliar critérios de elegibilidade de pacientes adultos e idosos (idade > 18 anos) com sintomas depressivos e que desejassem iniciar o tratamento para depressão. Os pacientes elegíveis receberam tratamento clínico e foram acompanhados por um ano de tratamento. Os retornos eram mensais até a remissão parcial e, posteriormente a cada 2 ou 3 meses, de acordo com a necessidade de cada paciente. Durante o seguimento, foi verificada a não adesão ao tratamento pela análise da prevalência de descontinuidade do tratamento e as possíveis causas. Resultados: A triagem foi realizada com cerca de 600 pacientes e aproximadamente 140 foram elegíveis. A amostra foi composta por pacientes com idade média de 40,4 ± 14,9 anos sendo a maioria do sexo feminino (71,2%, n=100). Além disso, a maioria dos pacientes (55,8%) tinha mais de 12 anos de escolaridade. Aproximadamente 140 pacientes estavam em acompanhamento clínico e destes 65 descontinuaram o tratamento com 12 meses. Após nove meses de acompanhamento, cerca de 60% dos pacientes (87) continuaram com o acompanhamento. Dos pacientes que descontinuaram o tratamento em 12 meses, 52 pacientes (80%) descontinuaram o tratamento por não tolerância aos efeitos colaterais ou ineficácia auto-percebida. Não se verificou associação entre a descontinuidade e fatores sociodemográficos. Verificou-se boa qualidade de vida descrita pelos pacientes. Considerações finais: A descontinuidade do tratamento por eventos adversos ainda é um desafio para o tratamento da depressão. A ausência de associação com variáveis sociodemográficas ou classes de antidepressivos sugere que esse fenômeno é multifatorial e independe de características clínicas isoladas. Ressalta-se a necessidade de medidas que visem personalizar o processo terapêutico, envolvendo também o paciente na decisão terapêutica.

Palavras-chave: Depressão; Antidepressivos; Ineficácia; Descontinuidade; Efeitos colaterais.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Tecnológica com recursos do CNPq (Edital externo).
Legendas:
  1. Estudante
  2. Orientador
  3. Colaborador

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